Adriana Vilela é também mãe de duas filhas e educadora infantil. A atleta, de 44 anos, vem de uma família que teve de lutar para quebrar as barreiras do racismo para conquistar seu espaço no esporte. Para conciliar a sua paixão com a correria do dia-a-dia, seus treinos começam de madrugada.
Treino e disciplina
“Nesse horário o tempo contribui, tem menos vento e o mar fica liso liso”, conta a atleta. Nas remadas, onde ela repetidamente joga o corpo para a frente e para trás, Adriana se transforma no motor de um barco, que flutua pelas águas que banham a Ilha de Santa Catarina. Em questão de pouco minutos, ela consegue circundar todas as três pontes da Capital.
Por volta das 6h30 ela volta para casa, deixa o carro e vai à pé até o NEIM (Núcleo de Educação Infantil Municipal) Almirante Lucas Alexandre Boiteux, também no Centro. Lá, ela exerce a função de educadora infantil, onde atende crianças de dois a cinco anos. A instituição conta com 82 crianças.
Mas assim que o expediente acaba, ela volta às águas. O treino vespertino começa às 14h e segue até as 17h. Aos sábados, os desafios costumam ser mais intensos. Durante às noites e domingos, ela dedica o tempo à família e às filhas, Laura e Beatriz, de 8 e 13 anos, respectivamente.