A reportagem do nd+ conversou com um dos funcionários da Funerária Santos, de Porto Belo, que foi a responsável por fazer o traslado do corpo de Harry Klueger entre o Hospital Regional de São José – onde ele veio a óbito – e o Cemitério do Progresso, em Blumenau, onde foi sepultado.
De acordo com o funcionário, que preferiu não se identificar, nenhuma informação foi repassada pelo hospital relacionada à confirmação de coronavírus. “Na certidão de óbito dele estava escrito que a morte foi em decorrência de pneumonia e complicações de mal de parkinson”.
Sendo assim, os profissionais seguiram os procedimentos normais de preparação do corpo. “Se fosse coronavírus, nem deveríamos ter feito a preparação, era só vestir e colocar no caixão”.
A reportagem também conversou com uma profissional que atua na Central Funerária de Blumenau – responsável pelos protocolos de sepultamento. Segundo a funcionária, não houve nenhuma notificação com relação a coronavírus no caso de Harry Klueger.
“Fiquei surpresa com essa informação, pois não estava sabendo. Tanto que aqui nos documentos ainda não têm essa informação. Outros dois casos suspeitos que chegaram aqui foram notificados corretamente e pudemos seguir os protocolos. Mas, neste caso (do Harry), não”, contou.
A funcionária relatou ainda que houve velório de duas ou três horas antes do sepultamento, que ocorreu às 17h. “Não posso dizer se o velório ocorreu com caixão aberto ou lacrado porque eu não vi”, disse.
Instruções do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde lançou um manual que instrui os procedimentos fúnebres. A orientação é para que, a partir da morte originada pelo novo vírus, não haja velório e o sepultamento seja para, no máximo, dez pessoas. Caso a família opte pela realização do velório, uma série de exigências é listada para evitar a disseminação e o contágio do vírus.
De acordo com o manual, a abertura dos cadáveres e o contato direto com eles deve ser evitado para que as equipes não sejam contaminadas.
Todos os profissionais que tiverem contato com o cadáver, devem usar: gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara cirúrgica, avental impermeável e luvas.
O manual também prevê que o corpo seja acondicionar em saco impermeável à prova de vazamento e selado. O veículo de transporte do corpo deve ser submetido à limpeza e desinfecção, bem como os profissionais precisam adotar medidas de precaução.
Profissional de saúde que atendeu idoso testou positivo
O nd+ também conversou com a fiscal Maria Carolina Mannes, da Vigilância Sanitária de Antônio Carlos – cidade por onde o idoso passou pouco antes de morrer. É que ele havia sido internado em uma casa de repouso do município fazia cinco dias.
De acordo com a fiscal, seu Harry Klueger passou mal na casa e foi levado para o Hospital Regional São José no dia 23 de março.
Todos os profissionais de saúde e idosos que estavam na casa fizeram o teste. Apenas dois resultados chegaram até agora, sendo que uma idosa testou negativo e uma profissional de saúde testou positivo.
A profissional de saúde que recebeu resultado positivo para coronavírus está em isolamento e tem reagido bem aos sintomas da doença.
Fonte: ND Mais.