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Geral
15/01/2021 20h31

Covid-19: em semana com poucos casos positivados, Amurel voltou ao nível ‘gravíssimo’. Entenda:

Esta semana Tubarão chegou a registrar apenas dez casos de covid-19 num dia. O diretor-presidente da FMS, Daisson Trevisol, e a Epidemiologista do Estado, Maria Willemann, explicam:
Covid-19: em semana com poucos casos positivados, Amurel voltou ao nível ‘gravíssimo’. Entenda:
Nesta semana a Amurel tornou a ocupar o status de ‘gravíssimo’ na classificação da Matriz de Risco, divulgada pelo Estado de Santa Catarina. Porém em Tubarão, o polo central da região, pela população numerosa e por possuir dois hospitais com leitos qualificados para covid-19, houve uma ligeira diminuição de casos nesta semana: enquanto o início de janeiro contou com até 200 positivados diários, nesta semana foi contabilizado até 10 casos num dia, o menor índice desde que a pandemia iniciou. Entenda o porque dessa diferença marcante:


 O Diretor-Presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Daisson Trevisol, explica que a diminuição de casos no município está relacionada à falta dos resultados de exames. “Havia alguns casos duplicados do mesmo paciente, de exames particular e público. Foi feito uma limpeza e como não tinha chegado nenhum exame do Lacen, e pouquíssimo dos laboratórios, acabou dando o resultado baixo”, diz Daisson. Outro fator apontado por ele explica a diminuição. “Diminuiu o número de pessoas procurando por exames.Tem muita gente na praia e fora da cidade”, lembra o diretor-presidente.


Mas e a Amurel ter voltado ao gravíssimo?


A Epidemiologista do Estado de Santa Catarina, Maria Cristina Willemann, que faz a Matriz de risco do Estado, explica que a classificação avalia seis indicadores no total, que são combinados entre si para apontar o risco da região. Entre os fatores, avalia-se: a ocupação de leitos de UTI para covid-19; a taxa de positividade dos exames do Lacen; e a avaliação do número de casos. Este último, Maria acredita ter sido determinante para a reclassificação da Amurel:


“Se numa semana você tem dez, quinze casos, possivelmente é porque as pessoas não procuraram o teste, talvez pela redução da força de trabalho em informar esses casos num sistema. Se na outra semana você tem 40, 50 casos por dia, isso indica uma variação positiva: está piorando a situação da região. Então quando tem uma baixa de casos, o cenário que vem normalmente mostra piora quando não está controlada a pandemia”.

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O que também se avalia é o RT, um índice que aponta como deve caminhar a pandemia nos próximos dias. “Ele diz o quanto a gente espera que um caso dê origem a outros. Se esses dez casos em Tubarão vão dar origem a mais dez casos é um problema. Já se os dez casos deram origem a menos, isso quer dizer que a pandemia está paulatinamente diminuindo naquele local. Possivelmente a Amurel registrou que esse índice calculado está aumentando”, disse a epidemiologista.  


 O número de óbitos é o outro fator que é medido nas regiões no momento de uma reclassificação para gravíssimo: um indicador que vem a acontecer quando há um aumento no número de casos. “Não é só o número de casos que é monitorado na avaliação de risco, mas uma combinação de indicadores. O número de casos é uma das coisas e a tendência da pandemia é outra. Possivelmente a Amurel piorou a situação, pois há uma tendência de piora do cenário”, conclui Maria Cristina Willemann.


Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Secom

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