A empresa também tirou do ar o Quran Majeed, uma das plataformas mais populares do Corão, o livro sagrado do Islã, por supostamente conter textos religiosos ilegais.
Inicialmente, o movimento de censura por parte dos oficiais chineses foi registrado pelo site Apple Censorship, que monitora os aplicativos da App Store em todo o mundo. O Quran Majeed é popular entre muçulmanos em todo o globo e tinha quase 150 mil resenhas na loja.
Os criadores do app, uma empresa chamada PDMS, disseram, em comunicado oficial: "Segundo a Apple, nosso aplicativo Quran Majeed foi removido da App Store chinesa, pois inclui conteúdos que requerem documentação adicional das autoridades chinesas."
Em entrevista ao portal Christian Broadcast News, um representante do Conselho de Relações Islâmico-Americanas (Cair, na sigla em inglês), Edward Ahmed Mitchell, acusou a Apple de cooperar com a política de perseguição religiosa do governo da China e pediu que a decisão seja revista.
"Ao obedecer a ordem do Partido Comunista Chinês de remover os aplicativos da Bíblia e do Corão de sua plataforma na China, a Apple colabora com a perseguição religiosa no país, incluindo genocídios de muçulmanos uigures. Isso precisa ser revisto", disse o diretor nacional do Cair.