Ao todo, 1.604 casos foram notificados no estado entre 1º de janeiro e 31 de agosto deste ano, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP).
Em 2020, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Estado teve o maior registro de casos do Brasil, com 2.865 violências no ano. O número de casos do crime ficou na frente de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, que no último ano também tiveram mais de 1 mil casos.
Segundo a presidente da Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil em SC (OAB/SC) Caroline da Rosa Vizeu, é necessário movimentos antirracistas efetivos, com conscientização nas escolas e debates promovidos em empresas.
"A população catarinense é formada basicamente por 17% de pessoas negras, que se englobam pretos ou pardos. Por ser um número relativamente baixo, se comparado com outros estados brasileiros que tem uma proporção muito maior de representatividade negra, percebe-se que a pauta racial não é vista e que há um forte entendimento de superioridade", apontou.
Em relação ao racismo, que ocorre quando as ofensas são direcionadas a um grupo de pessoas, Santa Catarina registrou 69 casos entre janeiro e agosto, segundo a SSP.
Com tantos casos de racismo, a advogada Ana Paula Nunes Chaves, defende que é preciso campanhas que expliquem e conscientizem sobre o crime. Segundo a ativista em questões raciais, o Estado precisa combater a prática, identificar os responsáveis e punir.
Foto: Cristiano Andujar/Divulgação/ND