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Segurança
25/09/2020 08h13

Após Operação Seival 2, todos os vereadores de Laguna estão impedidos de acessar a Câmara; um deles foi afastado da função pública

A operação apura vários delitos como fraude a licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, envolvendo empresários, servidores públicos e agentes políticos dos Poderes Executivo e Legislativo municipais
Após Operação Seival 2, todos os vereadores de Laguna estão impedidos de acessar a Câmara; um deles foi afastado da função pública

Os 13 vereadores do município de Laguna não podem acessar o prédio da Câmara Municipal a partir desta quinta-feira, 24. A medida faz parte das ordens judiciais que foram cumpridas pela força-tarefa da Operação Seival 2, feita em conjunto com o Ministério Público (MP) e a Polícia Civil de Santa Catarina.  

De acordo com informações do portal Agora Laguna, três vereadores foram detidos e levados para a sede da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis: Valdomiro Barbosa de Andrade (MDB), Thiago Duarte (MDB) e Cleosmar Fernandes (MDB), que é presidente da Câmara. Uma medida judicial também afastou Barbosa do cargo de vereador.

Na Câmara, os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos e alguns vereadores tiveram telefones celulares recolhidos pelos investigadores.

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Operação investiga fraudes em licitações


A operação apura vários delitos como fraude a licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, envolvendo empresários, servidores públicos e agentes políticos dos Poderes Executivo e Legislativo municipais. Os nomes dos demais envolvidos não foram divulgados até o momento pelos órgãos responsáveis, assim como o grau de envolvimentos dos quatro agentes públicos detidos em Laguna.

As investigações também apuram a participação de novos integrantes do grupo que possuem estreita ligação com as pessoas inicialmente investigadas pela polícia e denunciadas pelo MP. A operação tenta identificar a notícia da existência de uma espécie de loteamento das secretarias municipais por meio de indicações políticas e recebimento de propina correspondente a parte dos valores das obras e serviços licitados nessas pastas.

Os policiais analisam os vários contratos firmados pela prefeitura de Laguna com empresários que há anos prestam serviço na cidade, com indicativos de superfaturamento e inexecução das obras e serviços licitados, bem como fraudes a licitação no Instituto de Previdência (Iprev) do estado em 2016.




Iprev se manifesta


O Instituto de Previdência de Santa Catarina afirmou, por meio de nota, que em 2016 realizou três obras de reforma nos imóveis das agências, em diferentes municípios, com as empreiteiras citadas na investigação.

Em nota, o atual presidente do Iprev, Marcelo Panosso Mendonça, disse que a Polícia Civil esteve nesta manhã na sede do Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina, em Florianópolis, para recolher pastas com o histórico destes contratos relativos às obras de reforma, ocorridas em 2016, que configuravam as empreiteiras investigadas como executoras.

"Importante reforçar que o nome do Instituto de Previdência de Santa Catarina aparece envolvido nesta operação apenas neste sentido e, em nenhum momento, configura qualquer suspeita de fraude na atividade fim do IPREV que é a concessão de benefícios", disse a nota.



Mandados em outras cidades

As ordens foram expedidas pela Comarca de Laguna e pelo Tribunal de Justiça e são cumpridas também nas cidades de Florianópolis, Navegantes, Itajaí, Tubarão, Criciúma, Imbituba, Imaruí e Capivari de Baixo.

Na cidade de Imbituba, foram cumpridas duas ordens de busca e apreensão em casas de pessoas que têm parentesco com edis ou que trabalham na prefeitura ou na Câmara de Laguna. Já em Criciúma, dois mandados foram cumpridos na residência e escritório de um empresário da construção civil.

O homem tem empreendimento imobiliário em Laguna e além da apreensão de documentos como contratos de compra e venda de imóveis relacionados à investigação, os policiais o prenderam em flagrante pelo crime de posse irregular de arma de fogo. O empresário tinha um revólver calibre 38 sem registro em casa, pagou fiança e foi liberado.

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