Ao menos R$ 80 milhões teriam sido levados pelos criminosos, nesse que é considerado o maior roubo a banco da história de Santa Catarina.
Em entrevista ao SC no Ar, o delegado Luís Felipe Fuentes da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), informou que devido a proporção do caso, as demandas e necessidades de ação são constantes.
“Estamos acompanhando os fatos que vão acontecendo. Houveram crimes semelhantes em outros locais do Brasil, mas de ontem à noite para hoje de manhã, não tem nenhuma novidade que possa ser trazida a público ainda”, explica.
Equipes das forças de segurança, porém, seguem nas ruas para encontrar os suspeitos de participarem da ação. A Polícia Militar, inclusive, montou barreiras nas cidades que ficam ao redor de Criciúma. A fiscalização conta com o apoio de equipes do Paraná e do Rio Grande do Sul.
Também há barreiras, com o uso de aeronaves, nas fronteiras do Estado. Isto porque a polícia acredita que os criminosos não estejam longe, já que os carros usados na ação foram encontrados abandonados em uma plantação do interior de Nova Veneza, cidade próxima à Criciúma.
Recolhimento de provas é principal objetivo no momento
Fuentes reforça que a principal preocupação da equipe de investigação é o recolhimento de provas que possam ajudar nas buscas pelos autores. A polícia aponta a participação de ao menos 30 criminosos, dez veículos e armamentos sofisticados de grosso calibre, inclusive capaz de perfurar blindados.
Em dois dos veículos encontrados em Nova Veneza, que teriam sido usados pelos assaltantes, foram localizados vestígios de sangue, o que pode indicar que um deles se feriu durante a ação. Uma análise da amostra será feita pelo IGP (Instituto Geral de Perícias).
“Nestes primeiros dias, existe uma preocupação muito grande de recolher o máximo de evidências e indícios e em acompanhar e apoiar o trabalho da perícia, da qual vamos depender muito no médio a longo prazo”, reforça o delegado.
Além disso, a polícia pede ajuda da população para localizar os assaltantes. A orientação é de que, caso a pessoa tenha visto alguma movimentação diferente, entre em contato com a PM através do aplicativo PMSC Cidadão ou pelo 190.
Delegado descarta que ação no Pará seja do mesmo grupo
Nesta madrugada, outra cidade do Brasil viveu cenas parecidas do registrado em Criciúma. Bandidos armados investiram contra uma agência bancária do município de Cametá, no estado do Pará.
Apesar da dinâmica semelhante, Fuentes acredita que não se trata do mesmo grupo que atacou a cidade catarinense devido a questão logística.
“Pelo distanciamento, é difícil logisticamente que as mesmas pessoas tenham praticado esse assalto. Eventualmente, se há mentores intelectuais à distância, isso ainda não se tem como afirmar, já que é tudo muito prematuro”, reforça.
Fonte: ND Mais.