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Variedades
22/09/2019 13h40

Anda esquecido? Conheça sintomas do Alzheimer e como retardá-los

Geriatra diz que ainda não é possível impedir ou curar a doença, mas já existe "ginástica cerebral" para controlá-la
Anda esquecido? Conheça sintomas do Alzheimer e como retardá-los

Dados da Associação Brasileira de Alzheimer mostram que o Brasil tem 1,2 milhão de idosos – pessoas com mais de 65 anos – atingidos pela doença. E a tendência é de acréscimo, considerando o envelhecimento populacional. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) chega a prever 100% de aumento até 2050. Uma estimativa que leva em consideração cidadãos em estágios iniciais da doença, onde há perda da memória recente, até os casos mais graves, com o comprometimento das funções motoras.

O médico geriatra Dênis Milanello explica que ainda não existe um remédio que impeça o aparecimento da doença ou cure o paciente.

Muitos estudos estão em andamento, mas até agora, nenhum produto com eficácia comprovada está disponível no mercado.

Conforme o especialista, o que a ciência tem de certificado é como aparece o Alzheimer: por meio de proteínas anormais que entram no cérebro e destoem os neurônios. Já sabem também como retardar a demência: estimulando o sistema cognitivo.

Como identificar

Milanello esclarece que não existe um exame laboratorial para diagnosticar a doença. Os sintomas são apresentados pelo paciente e, com testes cognitivos feitos pelo médico, chega-se a uma conclusão.

“É preciso deixar claro que nem todo esquecimento significa Alzheimer. A doença só é caracterizada quando há problemas na funcionalidade do paciente”.

Esquecer onde deixou alguma coisa ou não fixar o conhecimento, avalia o médico, pode ter relação com a enxurrada de informações que estamos expostos diariamente e até mesmo o estresse.

O problema é quando o esquecimento afeta as atividades diárias, como a dificuldade de se encontrar um endereço, trajeto ou caminho habitual.

Outro indício é a desorientação temporal, relacionada a hora, datas e fatos, e principalmente, a mudança de comportamento.

“Ao contrário do que as pessoas pensam, o indivíduo não fica agressivo e, sim, apático e desinteressado”.

Fator familiar também favorece o aparecimento, porém não é determinante.

Como combater a doença?

A resposta é: movimentando o cérebro. “Estudar, voltar para faculdade, fazer leituras e escrever”.

Milanello explica que o paciente precisa trabalhar o sistema cognitivo e procurar ajuda médica assim que identificar os sintomas.

No caso do policial civil aposentado Waldomiro Luiz Rodrigues Lopes, 74, quem identificou os sintomas foram os familiares.

“A gente mesmo não nota, os familiares que notam”, ele conta.

Lopes conta que começou esquecendo onde deixou as chaves do carro. Depois, os óculos sempre estavam em um esconderijo.

“Uma vez estava procurando os óculos e chamei meu neto para ajudar. Ele olhou para mim e disse que estavam no meu rosto”.

Isso sem contar os dias que parou em um andar diferente do que ele mora e bateu na porta do apartamento do vizinho.

“Eu viajei para casa da minha filha em Curitiba e, lá, ela notou a diferença. Quando voltei, ela tinha feito minha matrícula em aulas de ginástica cerebral”.

Para o policial aposentado, as atividades, que evolvem o uso do Ábaco e mosaicos, foram fundamentais para conter o avanço do Alzheimer.

“O médico me explicou que não vai melhorar. Tenho que lutar para não ampliar”.

Ginástica cerebral

A diretora do método Supera em Mato Grosso, Alessandra Trentino, explica que o trabalho está baseado na neurociência e que as atividades buscam retomar a neuroplasticidade, que passa a se degenerar a partir dos 25 anos.

Por este motivo, dos 210 alunos da escola, 100 têm mais de 60 anos. Outro grupo predominante são os estudantes de concursos públicos.

Trentino conta que os resultados são perceptíveis a médio e longo prazo, sendo que a sugestão é um plano mínimo de um ano e meio.

“Além da melhoria do sistema cognitivo, a escola ajuda no combate à depressão, já que há socialização entre os alunos”.


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Fonte: Caroline Rodrigues
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