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Variedades
15/05/2022 21h54

Gente Daqui: ele descobriu na confeitaria o seu dom e hoje sonha em ter sua própria cafeteria. Sabe quem é?

Aos 14 anos ele perdeu seu pai e amadureceu cedo para cuidar da mãe com epilepsia.
Gente Daqui: ele descobriu na confeitaria o seu dom e hoje sonha em ter sua própria cafeteria. Sabe quem é?

Nivaldo Nazário Floriano Júnior, de 26 anos, é tubaronense e foi criado no Bairro São Martinho, onde vive até hoje. Ele conta que tem saudades da infância divertida que tinha. “Eu moro na mesma casa desde quando nasci, então eu vivi minha vida toda aqui. Minha rua não tem saída e é como se fosse uma família. Andávamos de bicicleta até tarde, brincávamos à noite, e eu tinha muitos amigos. Foi uma infância muito boa que eu tenho saudade”, relembra.

Durante a adolescência, Nivaldo passou por uma das experiências mais marcantes da sua vida. “Minha família sempre foi muito bem estruturada, tenho três irmãos mais velhos, todos casados e morando em outras cidades. Até os 14 anos vivia eu minha mãe e meu pai em casa, porém em outubro de 2010 meu pai enfartou e acabou falecendo, ficando só eu e a mãe. Eu fui obrigado a amadurecer muito rápido, porque só restava nós dois. Minha mãe tem epilepsia e era muito dependendo do meu pai e esse bastão foi passado para mim com 14 anos”, conta. 

Mesmo com essa situação marcante, Nivaldo destaca que os laços com sua mãe se fortaleceram ainda mais. “Hoje, quase 12 anos após a morte do pai, continua aqui em casa somente eu e a mãe. Não conseguimos ficar longe um do outro. Às vezes ela vai passar uns dias nos meus irmãos em Florianópolis e no segundo dia eu já estou ligando dizendo que estou com saudade. Nossa relação é linda”, diz Nivaldo.

Foi aos 14 anos também que Nivaldo descobriu o seu dom. “Aos 14 anos comecei a trabalhar com uma vizinha que fazia bolos, doces e salgados para festas. Hoje a Zete já se aposentou e fechou a empresa. Foi lá que me despertou o gosto pela área da confeitaria. Eu comecei a trabalhar com ela, porque teve um dia que ela estava cheia de encomendas e me chamou para ajudar. Eu fui e depois ela começou a me chamar mais vezes. Eu comecei ajudando a colocar salgado na caixa e montar caixa, porque eu não sabia nada. Em 1 ano eu já estava ajudando ela nas tortas e com 15 anos já fazia tudo sozinho. Inclusive quando tinha que atender noivas, ela me chamava para as clientes me explicarem como queriam o bolo. Trabalhei com ela até os 18 anos, quando comecei a fazer faculdade à noite e trabalhar numa empresa durante o dia”, comenta. 


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Nivaldo conta que começou a fazer a faculdade de Hotelaria e Turismo pós a orientação de um professor da escola. Foi nesse período que Nivaldo viu a oportunidade de usar suas habilidades de confeiteiro. “Nesse período comecei a fazer doces para vender tanto na empresa quanto na faculdade. Eu trabalhava o dia todo, fazia faculdade à noite e produzia os doces na madrugada. Era cansativo mas era compensador pelos elogios. E então foram aparecendo as encomendas de pessoas próximas e assim foi”, lembra.

Hoje Nivaldo faz doces e bolos para eventos como casamentos, aniversários, e formaturas. Além disso, faz doces em épocas especiais do ano: ovos de páscoa, cestas de café da manhã, chocotones trufados, cestas de chocolate, entre outros. “Eu sempre digo que a confeitaria me escolheu, porque tem que ter dom, assim como tem que ter dom para tantas outras profissões. Eu podia escolher ser médico, mas eu não tenho o dom pra Medicina. Então acho que Deus me deu o dom e a confeitaria me escolheu”, fala.

Nivaldo ainda ressalta como é o processo de criação na confeitaria. “Os confeiteiros são artesãos, cada doce é único, um bolo não fica igual ao outro, pode parecer, mas não fica igual. Quando vejo aquele bolo somente coberto com o chantilly branco, eu vejo ali uma tela em branco que eu vou ter que dar vida e ali vem as ideias. Vou fazendo até ficar bom, acertando, errando, tentando e jamais desistindo”, detalha.

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Para o confeiteiro, seu maior sonho é ter seu próprio negócio. “Meu sonho é ter uma cafeteria, uma doceira, uma padaria ou uma loja de chocolate. Eu não sei ainda o que Deus tem preparado para mim, mas sei que vou conseguir chegar lá. Ultimamente as coisas estão muitos difíceis, está tudo muito caro, e por conta disso meu sonho estava ficando longe de se tornar realidade já que para realiza-lo preciso de dinheiro. Por isso, comecei a trabalhar numa padaria das 5h30 às 13h30, mas não deixando de fazer minhas coisas em casa. São dias cansativos e exaustivos, mas valerá a pena quando lá na frente eu conseguir realizar todos os meus sonhos”, projeta.

Nivaldo conta que teve muitos momentos felizes na vida, mas algo sempre está faltando. “Eu já tive vários momentos felizes na minha vida, mas nenhum assim sendo o ápice da felicidade, porque está sempre faltando algo. Meu pai não me viu se formar no ensino fundamental, nem no médio, nem na faculdade. Meu pai não me ensinou a dirigir, nunca comemorou um aniversário comigo. Esses seriam os momentos felizes e realmente foram, mas falta sempre um pedaço que jamais será esquecido”, comenta.

Nivaldo conta o quer para o futuro. “Espero que no futuro eu consiga estar com minha loja, trabalhando para mim, com meus funcionários e do meu lado minha mãe Eolita Lourenço Floriano, meu namorado e minha sogra, que são minha base”, ressalta.


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