As cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil estão ameaçadas de extinção
O tubaronense Wherinton Cavalcanti caminhava pela orla da praia de Jaguaruna às 6h desta quarta-feira (28), quando deparou-se com uma infeliz surpresa: uma tartaruga marinha grande morta na areia, com um anzol preso à boca. “Fiquei muito triste ao encontrar uma desse tamanho, morta”, conta. Ele costuma ir à Jaguaruna e fazer caminhadas, mas foi a primeira vez que achou um animal nesse estado. As fotos que tirou foram envidadas ao Projeto Tamar, órgão de Florianópolis que protege os animais.
O HC Notícias contatou a bióloga Cristina Souza Lopes Conceição, de Tubarão, que explicou se tratar de uma tartaruga da espécie Cabeçuda (Caretta caretta). "Geralmente elas permanecem em mar aberto ou em águas costeiras rasas. As fêmeas é que em época de reprodução precisam vir a terra para a construção de ninhos". Quanto à idade do animal, é difícil de saber a princípio. "Por meio da metodologia esqueletocronologia se tem uma estimativa da idade", detalha a bióloga.
Quando encontrar algum animal morto à beira da praia na região da Amurel, ligue para as entidades responsáveis. Em Jaguaruna, pode-se acionar tanto a Polícia Ambiental de Laguna, como os responsáveis pela Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca aqui.
As tartarugas marinhas são répteis que aparecem ao longo de toda a costa brasileira, migrando entre as áreas de alimentação e de reprodução. As cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil estão ameaçadas de extinção. Atualmente as principais ameaças para estes animais têm sido a atividade pesqueira e a ingestão de resíduos sólidos de origem humana.