Com os ingredientes de café tradicional torrado e moído, polpa de café e aromatizante, o produto foi apelidado de "cafake", união de café e fake (falso, em inglês). Na Amazon, a embalagem de 500 gramas é vendida por R$ 14,99.
O produto era oferecido como "Café tradicional Pingo Sabor Café". Após a polêmica, a Amazon passou a oferecer o produto como "Pó para Preparo de Bebida Sabor Café Tradicional Pingo Preto".
O Grupo Jurerê, dono da marca Pingo Preto, diz que o produto é um composto para preparo de bebida regulamentado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e que, como práxis do processo de qualidade da indústria, teve seu rótulo enviado para verificação junto à Diretoria de Vigilância Sanitária antes do início da produção do produto final.
Questionada sobre a possibilidade de confundir o consumidor, declara: "Tem seu rótulo claro quanto à denominação de produto e composição do mesmo, com informações no padrão exigido pela legislação nacional, com letras do mesmo tamanho, sem destaque para expressões isoladas, o que de nenhuma forma caracteriza confusão ao consumidor."
O Grupo Jurerê acrescenta que "a indústria de alimentos nacional trabalha incessantemente na pesquisa e desenvolvimento de produtos que atendam a segurança alimentar, a necessidade econômica e nutricional do consumidor final, além de manter a responsabilidade com o abastecimento de alimentos em âmbito nacional". A Amazon diz que está analisando o caso.
O Procon de Santa Catarina declarou que o anúncio possui a informação clara e precisa ao consumidor, de acordo com os artigos 30 e 31 da lei nº 8.078/1990, e que a fonte da letra e a informação de que se trata de pó para preparo de bebida sabor café tradicional não deixam dúvida aos consumidores.
O Procon de São Paulo informou que notificará o Grupo Jurerê para prestar esclarecimentos sobre as questões trazidas pela reportagem, como a possibilidade de se passar por café e de provocar confusão em consumidores.