Em 20 de abril de 2008, o padre Adelir Antonio de Carli decolou em um voo de balão com o objetivo de quebrar o recorde sul-americano de voo livre em altitude. Com 41 anos de idade, o padre era conhecido por suas aventuras, que incluíam caminhadas de longa distância e escaladas em montanhas.
A ideia de voar em um balão surgiu após o padre assistir a um evento de balonismo em 2006. Desde então, ele começou a estudar e se preparar para a aventura. Em 20 de abril de 2008, ele finalmente decolou da cidade de Paranaguá, no litoral do Paraná.
No entanto, a aventura não terminou como esperado. O padre perdeu contato com a equipe de apoio pouco tempo depois da decolagem, e o seu balão foi encontrado vazio a cerca de 100 km da costa do Paraná. Uma grande operação de busca e resgate foi iniciada, e o corpo do padre foi encontrado no mar após três dias de buscas intensas.
A investigação sobre a tragédia apontou que o padre teria enfrentado problemas ainda durante o voo, incluindo a perda de equipamentos e a queda da temperatura. Além disso, ele teria tentado fazer um pouso de emergência em alto-mar, mas acabou perdendo o controle do balão e caindo no mar.
A morte do "Padre do Balão" causou comoção em todo o país, e a história foi amplamente divulgada na imprensa nacional e internacional. O padre foi lembrado como um aventureiro corajoso, que sempre buscava superar seus limites em busca de novas experiências.
Era um paraquedista experiente e tinha como objetivo voar a bordo de balões de gás hélio como uma forma de chamar a atenção e arrecadar dinheiro para financiar as obras de uma espécie de hotel para caminhoneiros, um espaço de descanso para motoristas que passavam pela cidade portuária.
Adelir ficou conhecido, principalmente, por suas "aventuras aéreas" e pelo trabalho em prol dos direitos humanos. Em 2006, denunciou a violência contra pessoas em situação de rua, que eram torturadas por agentes da segurança pública de Paranaguá, cidade onde morava.