O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (28) os dados oficiais do Censo 2022, revelando informações importantes sobre a população brasileira. Entre os destaques está o aumento populacional na cidade de Tubarão, que teve um acréscimo de 12.839 habitantes entre 2010 e 2022, totalizando agora uma população de 110.088 pessoas.

No estado de Santa Catarina, o crescimento populacional também foi expressivo em relação ao último Censo, realizado em 2010. Atualmente, o estado conta com 7.609.601 habitantes, representando um aumento de 21,78% em 12 anos, sendo o segundo estado que mais cresceu em termos populacionais.

Por outro lado, o país atingiu a marca de 203.062.512 habitantes, apresentando um crescimento de 12 milhões em relação ao último levantamento realizado em 2010. No entanto, esse número está abaixo da estimativa de cerca de 207 milhões, indicando um crescimento populacional mais lento do que o esperado. Esse baixo crescimento pode ser atribuído a diversos fatores, como a pandemia de Covid-19, a epidemia de zika e as migrações globais.

Um dado relevante observado no Censo 2022 é a diminuição no tamanho médio das famílias brasileiras, que está ocorrendo em um ritmo acelerado. Atualmente, há menos de 3 moradores por domicílio, evidenciando uma tendência de redução do número de pessoas por família.

Além disso, o Censo registrou a recusa de aproximadamente 1 milhão de domicílios em responder à pesquisa, o que dificulta a obtenção de um retrato completo da população. Essa recusa pode impactar a qualidade dos dados coletados e a precisão das estimativas populacionais.

O adiamento do Censo foi resultado da crise sanitária da Covid-19 e do impasse orçamentário com o governo federal durante a gestão de Jair Bolsonaro. O último Censo foi realizado em 2010, e desde então o IBGE vinha utilizando projeções para estimar o tamanho da população brasileira.

Os resultados do Censo evidenciam que o país está apresentando um crescimento populacional cada vez mais lento. Desde o Censo de 1970, a taxa de crescimento vem diminuindo, mas nunca atingiu um patamar tão baixo como o atual. Entre 2000 e 2010, a população crescia a uma taxa de 1,17% ao ano, enquanto nos últimos 12 anos esse número caiu para 0,52% ao ano.

Apesar do baixo crescimento populacional, o número de domicílios teve um aumento significativo de 34%, totalizando agora 90,6 milhões de lares em todo o país, em comparação com os 67,6 milhões registrados em 2010.