A espécie, de nome científico Isurus oxyrinchus, está criticamente em perigo de extinção, de acordo com o Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (Salve) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O biólogo e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Renato Freitas, especialista em tubarões e raios, disse que o mako-verdadeiro "era razoavelmente comum, agora não tanto, mas ainda tem".
"Os jovens se aproximam da costa para se alimentar. Mas as pessoas podem ficar tranquilas e seguras porque aqui em Florianópolis praticamente inexistem acidentes com tubarões e raias nos últimos 50 anos", disse o professor.
Em relação ao fato de só a cabeça do tubarão ter sido encontrada, ele disse que "infelizmente tem muitos pescadores que acabam retirando esse animal da natureza, cortam a sua cabeça. A cabeça não é vendida, então acaba indo para a praia. Filetam esse animal, cortam as nadadeiras, vendem às vezes essas postas. Muitas pessoas consomem cação e acham que estão consumindo sei lá o quê, mas são tubarões, e muitos ameaçados de extinção".
Espécie
O tubarão-mako se alimenta de atuns, marlins e outros tubarões, de acordo com o Projeto de Extensão do Laboratório de Biologia de Teleósteos e Elasmobrânquios da UFSC.
A espécie pode chegar a quase 90 km/h durante uma arrancada e manter uma velocidade de 50 km/h enquanto persegue uma presa.