O protesto foi uma resposta à crescente preocupação com o problema do lixo, que não apenas prejudica o meio ambiente, mas também contribui para a proliferação de insetos, incluindo o mosquito maruim.
O grupo foi recebido pelo secretário Marcelo Ribeiro, pelo gerente de Saúde, Rafael Niada, pela assessora jurídica Julia Búrigo, pelo médico-veterinário da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), Matheus Henrique Schiling Shida, pelo gerente de Agricultura, Daniel Bittencourt e pelo gerente da Cosip, Dionísio de Quadros.
No encontro, os moradores relataram os problemas que têm enfrentado com a proliferação de mosquitos no bairro. O inseto, inicialmente confundido com o conhecido borrachudo, na verdade é o Culicoides Paraensis, popularmente chamado de maruim ou meruim.
Segundo o gerente de Agricultura, da secretaria municipal de Agricultura e Interior, Daniel Bitencourt, ao contrário do borrachudo, o mosquito maruim não se reproduz em locais com água corrente. “Esta espécie se concentra em locais onde há material orgânico, como fezes de animais, restos de alimentos e vegetação em decomposição”, ressalta o gerente.
A secretaria de Agricultura e Interior dará apoio às ações da secretaria de Saúde nessa demanda, mas a médio e longo prazo já prepara algumas iniciativas. Uma dela é acompanhar a situação semelhante que ocorre em algumas áreas de Jaraguá do Sul. Municípios daquela região já iniciaram a busca de uma solução junto à FURB.
Outra ação de saúde pública, que já está no planejamento da secretaria de Agricultura e Interior, é a limpeza de todo o Rio da Madre. Há um projeto que ainda precisa de licenças ambientais, mas o município pretende realizar a remoção de toda a vegetação no leito do rio e a manutenção constante, trabalho que já é executado em diversos rios e canais das regiões da Madre e Congonhas.
O secretário de Saúde, Marcelo Ribeiro confirma que por ser um inseto que se prolifera em matéria orgânica, uma medida importante também é a limpeza de terrenos baldios e de outros locais que possam ter acúmulo de mato ou lixo. “Vamos solicitar o apoio das equipes da Secretaria de Urbanismo para intensificar a fiscalização para que esses locais sejam limpos”, adianta.
Outra medida por parte da área da Saúde será manter as equipes da Unidade Básica de Saúde do bairro em alerta para casos suspeitos da doença provocada por este tipo de mosquito.
A Febre Oropouche é a doença causada pela picada do Culicoides Paraensis, transmitida de espécies animais para o homem por vírus. A doença acontece, principalmente, na região Amazônica. “Em nossa região não temos mosquitos infectados, mas a picada causa bastante coceira”, frisa Marcelo Ribeiro.