Famílias de pacientes internados no Hospital Infantil de Joinville estão sendo alvo de golpes por meio de aplicativos de mensagens. Os criminosos obtêm informações pessoais e se passam por médicos para solicitar dinheiro, alegando a necessidade de medicamentos ou procedimentos emergenciais que não estariam disponíveis no hospital.
Um dos casos envolve o estudante de direito Ulisses de Melo, de Gaspar, cuja filha recém-nascida estava internada após uma insuficiência cardíaca. Os golpistas, usando a foto de um médico, alegaram piora no quadro da bebê e pediram R$ 377,89 via Pix para suposta medicação. Desconfiado, Ulisses entrou em contato com o hospital e confirmou que era uma tentativa de golpe.
A Polícia Civil investiga o caso e acredita que os golpistas tenham tido acesso a dados sigilosos dos pacientes, o que aumenta a credibilidade das mensagens. “Eles conheciam informações como nome completo, número do celular e detalhes da internação, o que indica algum tipo de acesso ao prontuário médico”, afirmou o delegado regional Rafaello Ross.
Apesar disso, o hospital nega qualquer vazamento de dados e reforça que segue a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “Nosso sistema é monitorado, com controle rigoroso de acessos. Os dados dos pacientes são considerados sensíveis”, declarou a gerente de enfermagem, Vanessa Goulart.
Para prevenir novas tentativas de fraude, o hospital passou a emitir alertas sonoros nos corredores, informando que a instituição não realiza cobranças diretas por telefone ou mensagem.
Casos semelhantes já haviam sido registrados no final do ano passado, quando uma vítima perdeu R$ 400. A Polícia segue investigando e mapeando possíveis outras vítimas.