O marido da técnica de enfermagem Natani Santos, atacada por um cachorro da raça chow-chow em abril deste ano em Ji-Paraná (RO), Tiago, declarou ter autorizado a eutanásia do animal com o objetivo de proteger sua família. Em vídeo publicado nas redes sociais, Tiago afirmou ter tomado a decisão por conta própria, sem comunicar a esposa de imediato, seguindo a avaliação de especialistas que consideraram o cão inapto para conviver em ambiente doméstico devido ao risco de novos ataques.
Tiago questionou qual seria o julgamento se o ataque tivesse sido direcionado ao filho do casal, de oito anos. Ele explicou que, após o incidente em que Natani foi mordida no rosto enquanto fazia carinho no animal, o cão, chamado Jacke, foi levado à Secretaria Municipal de Proteção e Bem-Estar Animal. Veterinários e adestradores teriam avaliado o comportamento do animal, concluindo que ele não poderia retornar ao convívio com pessoas. Tiago relatou ter apenas autorizado a eutanásia, caso fosse necessária.
Apesar do trauma e da orientação de Natani para que as pessoas não se desfizessem de seus animais, buscando adestradores, Jacke foi submetido à eutanásia. Tiago mencionou ter tentado reverter a decisão ao saber do interesse de uma ONG em acolher o animal, mas foi informado de que o procedimento já havia sido realizado. A suspeita de raiva também foi levantada no caso, o que levou o cão a passar por observação no Centro de Zoonoses antes da decisão final. Natani, que se prepara para uma cirurgia de reconstrução facial, relatou o impacto emocional da perda do animal, com quem conviveu por cinco anos.