O domingo (1º) foi de fartura e surpresa para pescadores e moradores das praias de Cima, em Palhoça, e do Pântano do Sul, em Florianópolis. Um lanço de tainha capturou cerca de 15 mil peixes, encerrando com grande volume o primeiro mês da safra em Santa Catarina.
A estimativa foi divulgada pela página SOS Naufragados e rapidamente repercutiu entre comunidades pesqueiras. As imagens das redes repletas do pescado ganharam destaque nas redes sociais e atraíram curiosos para as areias das duas localidades.
A pesca da tainha é uma tradição centenária no litoral catarinense e, além de sua relevância econômica, carrega grande valor cultural. Em 2024, a safra já havia chamado atenção por um volume recorde: mais de 2 milhões de toneladas pescadas em todo o estado, fortalecendo a renda de comunidades pesqueiras e movimentando o turismo local.
Apesar do sucesso nas redes, a temporada não tem sido tranquila. A Portaria Interministerial MPA/MMA nº 26 limitou a 1.100 toneladas a cota destinada à pesca artesanal da tainha em Santa Catarina. A decisão provocou insatisfação entre os pescadores e motivou reação do governo estadual.
Na última terça-feira (29), a Procuradoria-Geral do Estado (PGE/SC) acionou a Justiça Federal solicitando a suspensão da portaria, alegando que a medida prejudica principalmente os pescadores catarinenses, uma vez que a restrição afeta apenas embarcações do estado.