Um dos alpinistas que participou do resgate do corpo de Juliana Marins, brasileira encontrada morta no Monte Rinjani, na Indonésia, relatou os momentos de tensão vividos durante a madrugada no desfiladeiro onde ela foi localizada. Identificado como Agam, ele passou horas ancorado à beira de um penhasco de 590 metros para impedir que o corpo da jovem escorregasse ainda mais pela encosta.
Agam contou que chegou ao ponto onde Juliana estava quando o dia já havia escurecido. Sem condições seguras para içar o corpo à noite, ele permaneceu com a vítima no local até o amanhecer. “Passamos a noite à beira de um penhasco de 590 metros com Juliana, usando âncoras para não descer mais 300 metros”, relatou o alpinista.
Junto com outro guia, identificado como Tyo, Agam se voluntariou para integrar a equipe de resgate. Ambos são experientes e trabalham como guias na região do Monte Rinjani, onde ocorreu o acidente. Juliana estava desaparecida havia quatro dias antes de ser localizada sem vida.
A operação de resgate durou cerca de 15 horas entre o içamento do corpo e sua chegada ao hospital. O acesso ao ponto onde Juliana caiu é extremamente difícil, o que exigiu o uso de equipamentos técnicos de escalada e a dedicação de profissionais preparados para enfrentar situações extremas.
Ao se oferecer para ajudar no resgate, Agam teria dito que não deixaria o local sem Juliana. A frase virou símbolo da dedicação e da humanidade que marcaram a operação. O esforço dos voluntários comoveu internautas e familiares da brasileira, que agora aguardam a repatriação do corpo ao Brasil.
Juliana Marins morreu após sofrer um acidente durante uma trilha no Monte Rinjani. A tragédia gerou comoção nas redes sociais e mobilizou campanhas para custear o retorno do corpo. O jogador Alexandre Pato se comprometeu a arcar com todos os custos da repatriação, em gesto solidário à família da jovem.