O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a reunir apoiadores na Avenida Paulista neste domingo (29), em São Paulo. Durante o ato, ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu anistia aos presos pelo 8 de janeiro e indicou que pretende disputar as eleições de 2026.
“É só não roubar que a gente vai pra frente”, afirmou ao criticar a política nacional, destacando a necessidade de “justiça, pacificação e equilíbrio entre os poderes”. Segundo Bolsonaro, “na política, é aprender a dizer não”.
No discurso, o ex-presidente relembrou tragédias durante o seu mandato, como Brumadinho e a pandemia, e disse ter garantido liberdade de escolha durante a vacinação contra a Covid-19. “Comprei vacina, mas tive a liberdade de dizer que não tomaria”, afirmou.
Ele negou envolvimento nos ataques de 8 de janeiro e disse que o movimento foi “espontâneo”, atribuindo responsabilidade à esquerda. “Se fosse golpe, vocês não estariam aqui hoje”, declarou, pedindo apoio à anistia dos condenados pelo episódio.
Bolsonaro também elogiou o trabalho do filho, Carlos Bolsonaro, durante a campanha de 2018, afirmando que ele foi o responsável por sua vitória à Presidência. “Ele foi o cérebro que me colocou na Presidência”, disse, destacando transmissões ao vivo com centenas de milhares de visualizações nas redes sociais.
Durante o ato, Bolsonaro voltou a falar em 2026, afirmando que, caso seu grupo político conquiste metade do Congresso, poderá “mudar o destino do Brasil”. Segundo ele, não se trata de “revanchismo”, mas de “paixão pelo Brasil”.
A manifestação contou com a presença de aliados como Flávio Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, Bia Kicis, Tarcísio de Freitas e Silas Malafaia, além de homenagens a presos políticos e críticas ao governo Lula.