A doação de plaquetas se tornou compromisso de vida para o bombeiro Erison Carli Wutke, de 41 anos, em Blumenau (SC). Após perder a filha Evelin, de 19 anos, para a leucemia, ele passou a se deslocar ao Hemosc a cada 15 dias para doar plaquetas a pacientes em tratamento. “Eu prometi a ela que continuaria ajudando quem precisa”, disse.
Evelin foi diagnosticada em 2021 com leucemia linfoide aguda, tipo de câncer no sangue que exige transfusões constantes. O tratamento coincidiu com a recuperação de Erison após complicações da Covid-19, impossibilitando-o de doar naquele período. A jovem faleceu em janeiro de 2022, após seis meses de internação.
A doação de plaquetas ocorre por meio de aférese, que separa as plaquetas e devolve o restante do sangue ao doador, em um processo que dura cerca de 90 minutos. Segundo o Hemosc, esse tipo de doação é essencial para pacientes com leucemia e outros quadros graves, pois reduz riscos de reações durante as transfusões.
Após se recuperar totalmente, Erison decidiu intensificar as doações como forma de honrar a filha. “Quando vi a máquina de aférese, me emocionei. Eu sabia que estava cumprindo a promessa que fiz para a Evelin”, relatou. Hoje, ele usa a própria história para incentivar outras pessoas a doarem sangue e plaquetas, ajudando a manter os estoques necessários para salvar vidas em Santa Catarina