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16/07/2025 14h10

PIX na mira de Trump: sistema brasileiro de pagamentos é alvo de investigação acusado de concorrência desleal

A pedido de Donald Trump, governo norte-americano inicia processo contra o Brasil, questionando vantagens do sistema criado pelo Banco Central
PIX na mira de Trump: sistema brasileiro de pagamentos é alvo de investigação acusado de concorrência desleal

O PIX, sistema de transferências instantâneas criado pelo Banco Central do Brasil e considerado uma revolução na economia digital do país, está no centro de uma crise comercial internacional. O governo dos Estados Unidos, por meio do Escritório do Representante de Comércio (USTR), abriu nesta terça-feira (15) uma investigação contra o Brasil, alegando possíveis práticas desleais envolvendo serviços de pagamento eletrônico — uma referência direta, ainda que não nominal, ao PIX.

 

O processo foi iniciado a pedido do então presidente americano, Donald Trump, que afirmou ver indícios de que o Brasil favorece, de forma injusta, o sistema de pagamentos desenvolvido pelo próprio governo. “O Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a favorecer seus serviços desenvolvidos pelo governo”, diz o documento oficial do USTR.

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O texto também afirma que essas práticas podem prejudicar a competitividade de empresas norte-americanas que atuam nos setores de comércio digital e pagamentos eletrônicos, citando uma “variedade de atos, políticas e práticas” brasileiras nesse contexto.

 

O embaixador Jamieson Greer, representante comercial dos EUA, declarou que a investigação tem base na Seção 301 da legislação americana e que a medida visa proteger empresas, trabalhadores, agricultores e inovadores tecnológicos norte-americanos. Ele ainda acusou o Brasil de impor há décadas barreiras a exportadores dos Estados Unidos, embora o relatório divulgado não apresente provas concretas.

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O PIX, lançado em 2020, ganhou destaque internacional pela sua eficiência, gratuidade para pessoas físicas e rapidez nas transações. A ferramenta tem sido observada de perto por países que buscam modernizar seus próprios sistemas de pagamentos, o que torna a investigação um movimento que pode ter impactos diplomáticos e econômicos relevantes.

 

O perfil oficial do governo brasileiro utilizou as redes sociais para ironizar a investigação comercial dos Estados Unidos, sobre o Brasil, que envolve o Pix, bloqueio de redes sociais e até o fluxo na rua 25 de Março, em São Paulo, um pólo comercial urbano que abastece o varejo paulista e de outros estados. A inspeção ocorre no escopo da taxação de 50% anunciada pela Casa Branca às exportações brasileiras. 

 

No post, a União tratou especificamente sobre o sistema instantâneo de pagamentos. "O Pix é nosso, my friend", diz o governo em imagem. Na legenda da publicação, o Executivo defendeu o mecanismo, lançado pelo Banco Central em novembro de 2020. 

 

"O Pix é do Brasil e dos brasileiros! Parece que nosso Pix vem causando um ciúme danado lá fora, viu? Tem até carta reclamando da existência do nosso sistema Seguro, Sigiloso e Sem taxas", disse, em referência à carta do representante comercial do governo Trump, Jamieson Greer.

 

"Só que o Brasil é o quê? Soberano. E tem muito orgulho dos mais de 175 milhões de usuários do PIX, que já é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Nada de mexer com o que tá funcionando, ok?", finaliza a publicação do governo. 


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