A rede de lojas Havan retirou do ar vídeos que mostravam pessoas supostamente cometendo furtos em suas unidades. As publicações, feitas no Instagram, mostravam imagens capturadas por câmeras de segurança e exibiam o rosto dos envolvidos. A decisão veio após uma notificação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que orientou a empresa a se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A recomendação partiu de uma denúncia feita pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que apontou possíveis violações à privacidade dos indivíduos expostos nos vídeos. A ANPD reforçou que a ação não é punitiva, mas parte de um processo de fiscalização. A Havan também foi orientada a revisar sua política de privacidade, incluindo a identificação do responsável pelo tratamento de dados pessoais.
A prática de publicar vídeos com o rosto de suspeitos e a cidade onde o suposto crime ocorreu gerou polêmica nas redes, com internautas divididos entre apoio à exposição e críticas por violar direitos. A Havan afirmou que seu objetivo era coibir furtos, mas após o alerta dos órgãos de fiscalização, removeu as postagens e apresentou defesa, que está sendo analisada pelas autoridades.