O nome do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi especulado como possível indicado para um cargo no governo de Santa Catarina, comandado por Jorginho Mello (PL). A ideia ventilada por aliados seria nomeá-lo como secretário estadual, permitindo que Eduardo mantivesse seu mandato parlamentar mesmo longe das atividades legislativas.
A movimentação acontece porque a licença de 120 dias do deputado se encerrou no último domingo (20). Ele segue nos Estados Unidos e, caso não justifique formalmente suas ausências, corre risco de perder o mandato por excesso de faltas não justificadas. O Regimento da Câmara permite que deputados assumam cargos no Executivo — como secretarias estaduais — e, nesse caso, sejam apenas substituídos temporariamente por suplentes.
Contudo, a possibilidade de Eduardo vir para Santa Catarina foi negada oficialmente. Em sua coluna na Jovem Pan, o jornalista Bruno Pinheiro revelou ter ouvido auxiliares de Jorginho Mello, que garantiram que o assunto “nunca foi discutido” dentro do governo estadual.
A hipótese de uma nomeação em solo catarinense reacendeu debates nos bastidores da política do Sul do país, especialmente pela ligação entre o bolsonarismo e o atual governo estadual, ambos do PL.
Eduardo Bolsonaro também é alvo de um inquérito por coação no curso do processo, acusado de articular sanções contra o Brasil nos EUA, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Nos bastidores, aliados ainda buscam formas de garantir a sobrevivência política do deputado. Mas, por ora, Santa Catarina está fora da equação.