Um poderoso terremoto de magnitude 8,6 atingiu a península de Kamchatka, na Rússia, nesta quarta-feira (29), gerando um tsunami com ondas de 3 a 4 metros de altura no território russo. O tremor é considerado o mais forte no mundo desde o desastre de Fukushima em 2011.

O evento provocou alertas de tsunami no Japão e no Centro de Alerta de Tsunami dos EUA. O governo japonês emitiu ordens de retirada para suas regiões costeiras, alertando para ondas que podem atingir até 3 metros de altura no país.

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS), o terremoto foi superficial, com profundidade de 19,3 km, e seu epicentro localizado a aproximadamente 125 km a leste da cidade de Petropávlovsk-Kamtchatski. Minutos após a primeira medição de 8,0, a magnitude foi revisada para 8,6. Pouco mais de 30 minutos depois, o serviço americano registrou outro terremoto de magnitude 6,9, a cerca de 48 km do primeiro e a 10 km de profundidade.

O Sistema de Alerta de Tsunami dos EUA também emitiu um alerta de "ondas perigosas de tsunami" para as próximas três horas ao longo de algumas costas do Alasca, Rússia e Japão. A costa do Havaí também pode ser atingida por ondas de até 3 metros, e um alerta foi emitido para o território insular americano de Guam e outras ilhas da Micronésia.

A região de Kamchatka e o extremo oriente da Rússia estão localizados no Círculo de Fogo do Pacífico, uma área geologicamente ativa e propensa a grandes terremotos e erupções vulcânicas.

Não foram relatados feridos após o terremoto. Contudo, uma ordem de evacuação foi declarada para a pequena cidade de Severo-Kurilsk, na região de Sakhalin. O governador de Kamchatka, Vladimir Solodov, descreveu o terremoto como "grave e o mais forte em décadas", mencionando que um jardim de infância foi danificado.