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31/07/2025 23h35

Digitou 300 milhões ao invés de 300 mil: aluno de Criciúma entra na lista de milionários do Universidade Gratuita após erro de digitação

Número de investigados no programa do governo de SC, inicialmente de 18 mil, foi reduzido para 130 milionários e outros 828 com irregularidades
Digitou 300 milhões ao invés de 300 mil: aluno de Criciúma entra na lista de milionários do Universidade Gratuita após erro de digitação

O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), Ulisses Gabriel, informou nesta quinta-feira (31) que um estudante de Criciúma, beneficiado pelo programa Universidade Gratuita, foi incluído na lista de investigados por um erro de digitação. O aluno, que cursa Sistema da Informação, declarou um patrimônio de R$ 300 milhões quando, na verdade, sua família possui bens avaliados em R$ 300 mil.

O caso veio à tona após um levantamento do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC) que apontou 18 mil inconsistências nos benefícios. Com o avanço das investigações da PCSC, o número de milionários investigados foi reduzido para 130.

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Segundo o delegado, o estudante de Criciúma é filho de uma padeira e confeiteira e reside em um apartamento avaliado em R$ 240 mil. A família possui dois veículos usados, com valor total de R$ 60 mil. “Eis a importância de um trabalho de investigação. Esse é um jovem de Criciúma beneficiado pelo Universidade Gratuita. Ele declarou patrimônio errado ao preencher a inscrição. Ou seja, não tem um patrimônio de R$ 300 milhões”, afirmou Ulisses Gabriel. O estudante comprovou que inseriu zeros a mais no formulário, e a regra do programa não permite alteração de dados após o cadastro.

As investigações da PCSC agora se concentram em 130 pessoas com patrimônio comprovadamente milionário. Outros 128 investigados não moram em Santa Catarina há mais de cinco anos, violando as regras do programa, e um terceiro grupo de 700 estudantes apresentou outras inconsistências em seus cadastros.

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Críticas do Governador e Resposta do TCE-SC

O governador Jorginho Mello, em tom crítico ao relatório inicial do TCE-SC, defendeu o programa e questionou os números. “Dos 18 mil, sobraram 700. Desse número, um mentiu o endereço, outro era de outro estado, outro errou o preenchimento. E chegou em 130. De 18 mil para 130?”, indagou Mello, que prometeu punir e processar os alunos que cometeram irregularidades.

Em resposta, o diretor-geral de Controle Externo do TCE-SC, Sidney Antônio Tavares Júnior, argumentou que a concessão de bolsas com erros de digitação evidencia a falta de controle por parte da Secretaria de Estado da Educação. “Isso nos mostra que o tribunal está em um caminho de melhorar o programa para aquele que efetivamente necessita”, defendeu. Júnior também mencionou que a Controladoria Geral do Estado (CGE) já havia apontado "milhares de inconsistências" em 2024, indicando que o governo já tinha conhecimento de muitas das irregularidades antes do relatório mais recente do TCE.


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