SÓ UM AVISO

O tarifaço de Trump ficou desidratado e deve começar dia 6 de agosto. Por que uma semana depois do anúncio? Muito simples: dependendo da reação do governo brasileiro às tarifas, ainda poderão ser enquadradas para baixo ou para cima. É o tempo de negociar. Mesmo assim, muitas empresas ficaram dentro do tarifaço de 50%, e isso preocupa a economia do país. Tudo foi muito bem pensado pelo poder americano, principalmente em países nos quais eles têm grande interesse. Não fizeram assim com a China, União Europeia; lá dialogaram à exaustão. Com o Brasil, não. E ainda por cima interferiram em nossa soberania. E pensar que tem gente ainda batendo palmas...

TAXAÇÃO MEIA-BOCA

Muitos produtos ficaram com taxa zero — mais de 700 produtos — e o terrorismo foi enorme. O governo brasileiro tem motivos para comemorar e vê a tarifa de exceção como um recuo do governo Trump. Reação de alívio em parte. Então, o assunto ficou evidente: é mesmo político e não econômico. A lista de exceções, com pressão dos empresários americanos e brasileiros, funcionou. Por outro lado, na questão política, Trump, o poderoso, passou dos limites, interferindo na soberania nacional. Isto porque os ministros estão pautados pela Constituição e não por interferências externas.

QUESTÕES POLÍTICAS

Questões políticas dominam decisões. Foi o que ficou muito claro nesta situação. O poderoso Trump misturou economia com política. As informações sobre a sanção ao ministro Alexandre de Moraes foram exageradas e descabidas, não precisava ir ao extremo. A medida adotada tem como base a Lei Magnitsky, utilizada para punir estrangeiros, tais como terroristas, etc. Nós temos uma Constituição em vigor e, como tal, deveríamos ter um Congresso corajoso e não submisso em ambos os lados.

DESAFIO FEITO

Agora o governo federal, principalmente o Ministério dos Transportes, está com a batata quente nas mãos em relação ao contorno do Morro dos Cavalos. O governador Jorginho Mello anunciou, na terça-feira, dia 29, que apresentará oficialmente o projeto da construção do contorno do Morro dos Cavalos, na BR-101, em Palhoça, ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) nos próximos meses, com apenas uma única condição: desde que o governo federal devolva os R$ 384 milhões investidos pela gestão anterior em obras federais. “Estamos dispostos a fazer essa obra para que ela não vire outra lenda.” Jorginho sabe jogar o xadrez do poder. Bingo!
 

VEREADOR AURIMAR

Se a moda pega, o papel do vereador, de um modo geral, poderá ser reduzido a apenas comparecer às sessões. Principalmente em Capivari de Baixo. Negar que um vereador cumpra o seu papel de fiscalizar ações do Executivo é simplesmente fora do padrão. No caso da Câmara de Capivari, está virando rotina em quase todas as sessões. É o caso do vereador Aurimar, que teve seu requerimento solicitando informações ao Executivo negado pela situação. Já aconteceu com outros vereadores da oposição. Está virando rotina e isso não é nada positivo. Todo abuso tem seus limites. O tiro poderá sair pela culatra.

PRESIDENTE DO PT

O deputado estadual Fabiano da Luz venceu uma acirrada disputa contra sua colega Luciane Carminatti pela presidência do PT em Santa Catarina. O placar apertado (3.942 votos contra 3.594 da sua oponente) mostra que o debate foi intenso e, não por acaso, precisou de dois turnos para ser resolvido.

VITÓRIA DO VEREADOR MADEIRA

O vereador Matheus Madeira colocou suas digitais nesse resultado. Foi a única grande liderança do partido a apoiar Fabiano, inclusive assumindo papel importante na coordenação de campanha. Mesmo remando contra a maré do Sul do Estado, que deu grande vitória a Luciane, venceu em Tubarão e mostrou que a ótima repercussão do seu mandato deu resultados.

PANO PRA MANGA 1

O Aeroporto Humberto Bortoluzzi é do Sul, afirma o secretário Beto Martins. Mas o prefeito de Forquilhinha, cidade do Sul do Estado, começa a se movimentar para ter aviões de pequeno porte decolando de lá para São Paulo até dezembro. A empresa Azul é uma delas. Eis um grande problema que a coluna já havia levantado em março deste ano. O silêncio das associações de classe e dos políticos me preocupa pelo desinteresse no assunto. Talvez seja tarde demais para remover a intenção do prefeito Neguinho, do PSD de Forquilhinha.

PANO PRA MANGA 2

O governo Jorginho, através da secretaria do ex-prefeito Beto Martins, investiu pesado, num total de R$20 milhões no Aeroporto de Forquilhinha. Beto afirmou que não está intervindo nessa decisão do prefeito, e que o Aeroporto Humberto Bortoluzzi é o único aeroporto do Sul do Estado. É interessante questionar essa fala, uma vez que houve investimento público lá, mas não querem que o prefeito lute por isso. É mais que evidente que o prefeito Neguinho não está errado nesta situação em querer usar o aeroporto com toda força. Isso vai acontecer e o resultado será o enfraquecimento do Aeroporto Humberto Bortoluzzi, de Jaguaruna, que poderá ficar no futuro, apenas com a placa de “Aeroporto do Sul de SC”.
 

CÂMARA FEDERAL

Mudança no cenário político dentro do MDB do Sul poderá ter novidades até dezembro. O partido não tem ainda candidato a deputado federal nas três regiões do Sul do Estado. Devido a esse cenário, o deputado estadual Tiago Zilli disse ontem ao colunista Adelor Lessa que, se o prefeito de Araranguá, César César, for candidato a estadual, ele será candidato a federal pelo MDB. Se não for o deputado Zilli, quem do partido se habilita? Por enquanto ninguém. Aqui, muito menos.