Um grupo de políticos ligados à direita lançou um site denominado “Dossiê Moraes”, reunindo 77 episódios que, segundo eles, configurariam abusos e crimes de responsabilidade cometidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A iniciativa tem como objetivo embasar um eventual pedido de impeachment.
Entre os envolvidos estão nomes como o vereador Rodrigo Marcial (Curitiba), o ex-deputado Deltan Dallagnol (PR), o senador Eduardo Girão (CE) e o deputado federal Marcel van Hattem (RS), todos ligados ao partido Novo. O advogado Jeffrey Chiquini, que atua em processos relacionados à tentativa de golpe de Estado, também participa do projeto.
O dossiê inclui episódios recentes, como o gesto obsceno feito por Moraes durante uma partida entre Corinthians e Palmeiras, poucos dias após sanções impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Global Magnitsky. Segundo o grupo, a conduta fere princípios de moralidade, impessoalidade e dignidade da função pública.
Além disso, o documento aponta outras decisões e ações do ministro, como ordens de bloqueio de redes sociais, restrições a parlamentares e determinações judiciais polêmicas. O STF não se manifestou sobre o conteúdo do site.
Durante a reabertura das sessões, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, defendeu a Corte, enquanto Moraes afirmou que há uma “organização criminosa” agindo de maneira coordenada para tentar submeter o tribunal à influência de interesses estrangeiros.
O caso segue repercutindo no meio político e jurídico, com expectativa de novos desdobramentos nos próximos dias.