Dois anos após o ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, pais de vítimas continuam cobrando medidas mais eficazes de segurança nas escolas. O ataque, ocorrido em 5 de abril de 2023, deixou quatro crianças mortas e outras feridas, e motivou a criação do projeto “Vamos Salvar o Dia”, liderado por familiares das vítimas. Jennifer Pabst, mãe de Bernardo Pabst da Cunha, uma das crianças atingidas, afirma que o que foi feito até agora ainda não garante proteção adequada aos estudantes.

O projeto atua na defesa de políticas públicas e contribuiu para a aprovação de leis federais que qualificam crimes em escolas como hediondos. Entre as ações implementadas estão a instalação de câmeras, detectores de metais e botões de pânico, além da colaboração com o Programa Integra da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, voltado à promoção da cultura de paz. Apesar desses avanços, Jennifer alerta que muitas medidas ainda não foram efetivamente aplicadas e que protocolos de segurança permanecem insuficientes em várias instituições.

A ativista enfatiza que a segurança escolar depende da união entre famílias, escolas, governo e comunidade, e que prevenção envolve vínculos, limites e diálogo. Para discutir soluções concretas e reforçar a proteção de alunos, uma audiência pública será realizada na Câmara de Vereadores de Blumenau nesta semana, reunindo familiares, educadores, autoridades e representantes da sociedade. O encontro busca tornar o ambiente escolar mais seguro e acolhedor, evitando que tragédias semelhantes se repitam.