Três irmãos, de 10, 8 e 4 anos, foram vítimas de maus-tratos em Itaiópolis, no Planalto Norte catarinense. De acordo com a Polícia Civil, as crianças eram agredidas fisicamente com socos, chinelos e pedaços de pau, além de serem estranguladas, privadas de comida e, em um dos casos, feridas com um espeto de churrasco.
O caso veio à tona em 16 de julho de 2025, quando a escola do filho mais velho acionou o Conselho Tutelar. O menino havia se recusado a participar de aulas de educação física por sentir fortes dores pelo corpo e relatou as agressões sofridas dentro de casa.
O casal responsável, ambos com 37 anos, admitiu ter batido no filho mais velho com um chinelo, alegando que seria um “corretivo” por ele ter pegado R$ 100. Negaram, porém, qualquer violência contra os outros dois filhos, atribuindo as marcas a quedas e brigas.
Laudos periciais confirmaram agressões contínuas e sistemáticas. O exame das crianças revelou lesões em diferentes estágios de cicatrização, indicando que os abusos eram frequentes. No caso da menina de 8 anos, foi encontrada uma cicatriz provocada por um instrumento cortante. Uma conselheira tutelar relatou que a mãe estrangulava os filhos, que eram trancados em quartos e feridos com objetos, incluindo um espeto de churrasco.
A Polícia Civil classificou o caso como “uma crueldade inimaginável”, destacando que o lar, que deveria ser seguro, se tornou um ambiente de terror. O inquérito foi finalizado e encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público de Santa Catarina, e os responsáveis responderão pelos crimes.