As exportações catarinenses para os Estados Unidos caíram 19,5% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Mesmo com a retração, o país segue como o principal destino dos produtos do estado, somando US$ 119,2 milhões em embarques no período, segundo o Observatório da FIESC.
O economista-chefe da entidade, Pablo Bittencourt, explicou que a queda já era esperada. Isso porque muitas empresas americanas anteciparam pedidos antes da entrada em vigor do tarifaço de 50%. Depois da medida, várias companhias interromperam as compras devido à perda de competitividade dos produtos.
Apesar do recuo nos EUA, Santa Catarina registrou alta de 1,54% nas exportações totais, que alcançaram US$ 971,4 milhões. México, Chile e Argentina puxaram o crescimento.
O setor de madeira e móveis foi o que mais sentiu o impacto. Entre os destaques negativos estão:
Obras de carpintaria: -34,9%
Madeira compensada: -30%
Móveis: -17,2%
Madeira serrada: -1%
Nas importações, também houve retração: queda de 10,6% em agosto, totalizando US$ 2,75 bilhões. No entanto, no acumulado do ano o estado registra aumento de 2,6%, com destaque para a compra de fertilizantes nitrogenados (+150,9%) e cobre refinado (+12,9%). A China continua sendo o principal fornecedor, com US$ 9,58 bilhões.
De janeiro a agosto, as exportações catarinenses somaram US$ 7,94 bilhões, crescimento de 5,9% puxado principalmente pela proteína animal.