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09/09/2025 16h52

Nepal em chamas: primeiro-ministro renuncia após 25 mortos e ataque ao Parlamento

População se revolta contra bloqueio de redes sociais e corrupção; Exército é chamado às ruas e ONU acompanha situação
Nepal em chamas: primeiro-ministro renuncia após 25 mortos e ataque ao Parlamento

Uma onda de violência sem precedentes sacudiu o Nepal nesta terça-feira (9), culminando com a renúncia do primeiro-ministro KP Sharma Oli. O estopim foi o bloqueio das redes sociais, imposto pelo governo, que provocou revolta popular e se somou a denúncias de corrupção no setor público. A capital, Katmandu, transformou-se em cenário de guerra, com o Parlamento incendiado, ao menos 25 mortos e centenas de feridos em confrontos.

 

O premier, de 73 anos, afirmou em carta ao presidente que deixava o cargo “com o objetivo de abrir caminho para uma solução política”. Apesar do gesto e da suspensão das medidas restritivas, a violência não arrefeceu. Tropas do Exército foram enviadas para tentar conter os protestos, enquanto a ONU anunciou que acompanha de perto a escalada de instabilidade no país himalaio.

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O caso mais grave envolveu o incêndio da residência de Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-premier Jhala Nath Khanal. Cercada por manifestantes, ela foi impedida de sair e morreu em decorrência das queimaduras. Já o também ex-primeiro-ministro Sher Bahadur Deuba e sua esposa, a ministra Arzu Rana Deuba, foram resgatados às pressas após serem agredidos dentro de casa.

 

As manifestações começaram no dia anterior, em frente ao Parlamento, quando 19 pessoas foram mortas após disparos das forças de segurança contra jovens que protestavam com o slogan: “Bloqueiem a corrupção, não as redes sociais”. Segundo a TV estatal, mais de 100 pessoas ficaram feridas apenas nas primeiras horas de confronto.

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O governo justificou o bloqueio alegando que plataformas como Facebook e Instagram não colaboraram com a Justiça para coibir crimes virtuais, como discursos de ódio e fraudes. Mas, para a população, a medida foi vista como censura e símbolo do descontentamento com o baixo crescimento econômico e a corrupção sistêmica que marcam os últimos anos.

 

Na noite desta terça-feira, Katmandu permanecia em estado de tensão máxima. Civis armados circulavam pelas ruas, granadas foram lançadas contra prédios oficiais, e até hotéis de luxo e aeroportos foram atingidos.


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