Aos 19 anos, Helena Cardozo, de Tubarão, dançarina desde os 3 anos, enfrentou recentemente um câncer que interrompeu sua rotina e sua paixão: a dança.
“Minha relação com a dança começou aos 3 anos. Diferente da maioria das crianças, a iniciativa partiu de mim, e pedi aos meus pais para começar no ballet”, lembra Helena. Aos 14 anos, ela começou a auxiliar nas aulas, descobrindo o desejo de ensinar e transmitir o amor pela dança.
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O diagnóstico de câncer veio logo após seu retorno às aulas, depois de dois anos afastada por motivos pessoais. “No momento do diagnóstico, meu mundo paralisou totalmente. Um dos primeiros questionamentos que vieram à minha mente foi: ‘Será que eu vou conseguir voltar a dançar?’”, conta. Helena destaca que, desde o início, sentiu apoio de Deus e encontrou na fé uma força fundamental.
A quimioterapia e a aceitação da doença foram seus maiores desafios. “Eu sentia vontade de me esconder e fingir que nada estava acontecendo. Passei por efeitos colaterais intensos e, em um momento, fiquei dois dias na UTI devido a uma infecção no cateter”, relata. Mesmo assim, a dança foi uma força vital: “No início, muitas vezes eu não conseguia ficar em pé nas aulas, mas meu amor pela dança sempre foi maior que tudo e me fez acreditar que era capaz”.
Recentemente, Helena passou por cirurgia para a retirada do tumor, perdendo parcialmente os movimentos do punho e da mão. Agora, inicia a fisioterapia para recuperar a mobilidade e retomar a dança. Ela mantém confiança em seu retorno e planeja, em 2026, iniciar a faculdade de Educação Física, com o objetivo de ensinar dança e transformar vidas através da arte.