O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja se reuniram nesta segunda-feira (13) com o Papa Leão XIV, no Vaticano. O encontro foi marcado por uma conversa ampla sobre fé, religião, desigualdade social e os desafios que o mundo enfrenta diante da pobreza e das mudanças climáticas.

Lula parabenizou o pontífice pela Exortação Apostólica Dilexi Te, documento que destaca a inseparabilidade entre a fé e o compromisso com os mais pobres. Segundo o presidente, o texto deve ser visto como um chamado à ação. “Precisamos criar um amplo movimento de indignação contra a desigualdade. Considero o documento uma referência, que deve ser lida e praticada por todos”, afirmou.

O presidente também relembrou sua relação com figuras marcantes da Igreja no Brasil, como Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Hélder Câmara, Dom Luciano Mendes de Almeida, Pedro Casaldáliga e o atual presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler. Ele destacou que sua convivência com as Comunidades Eclesiais de Base teve papel fundamental em sua formação política e humana.

Durante a conversa, Lula relatou sua participação no encontro da FAO, também em Roma, e ressaltou que o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome após dois anos e meio de governo. O presidente explicou que o país está levando a discussão sobre segurança alimentar para o cenário internacional por meio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Lula aproveitou a ocasião para convidar o Papa Leão XIV a participar da COP30, que será realizada em 2025 em Belém (PA) — a primeira Conferência do Clima sediada no coração da Amazônia. O pontífice, no entanto, afirmou que, devido aos compromissos do Jubileu, não poderá comparecer, mas garantiu que o Vaticano será representado no evento.

Segundo Lula, o Papa demonstrou o desejo de visitar o Brasil “no momento oportuno”. O presidente afirmou que a visita será recebida com entusiasmo pelo povo brasileiro, lembrando as recentes manifestações de fé vistas no Círio de Nazaré e nas celebrações do Dia de Nossa Senhora Aparecida.