
A mobilização anunciada por lideranças de caminhoneiros deve ter início na quinta-feira (4), com uma paralisação nacional. Representantes do setor afirmam que o grupo trabalha para garantir sustentação jurídica ao ato, que pretende reunir profissionais de várias regiões do país.
O desembargador aposentado Sebastião Coelho e o dirigente da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), conhecido como Chicão Caminhoneiro, divulgaram um vídeo nas redes sociais informando que irão protocolar uma ação para assegurar a legalidade do movimento. Segundo Chicão, o objetivo é iniciar a paralisação dentro dos parâmetros previstos em lei.
Sebastião Coelho declarou apoio ao grupo e afirmou que acompanhará o processo durante toda a mobilização. As lideranças reforçam que o ato não tem vínculo partidário e que a pauta reúne reivindicações históricas da categoria, como estabilidade contratual, cumprimento da legislação vigente, revisão do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e aposentadoria especial após 25 anos de atividade.
Discussão sobre anistia a Bolsonaro provoca divergências
Apesar da defesa de um movimento independente de ideologias, o nome de Sebastião Coelho ganhou destaque recentemente por ter convocado manifestações em apoio à anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso na sede da Polícia Federal. Em publicações anteriores, ele orientou seguidores a participarem de paralisações com esse objetivo.
No entanto, lideranças do setor afirmam que a paralisação prevista para dezembro tem foco exclusivo nas demandas da categoria.
Contexto: greve de 2018 ainda ecoa
A última grande mobilização dos caminhoneiros ocorreu em 2018, quando a alta no preço dos combustíveis paralisou rodovias por 10 dias, provocando desabastecimento e impacto direto na economia. O movimento só foi encerrado após o governo federal da época atender parte das reivindicações.
Ainda não há confirmação oficial da adesão de entidades nacionais ao ato anunciado para esta semana, mas grupos organizados seguem mobilizados nas redes sociais.
