
Santa Catarina enfrenta uma série de transtornos causados pelas fortes chuvas que atingem o estado desde a noite de segunda-feira (29). De acordo com a Defesa Civil, ao menos 17 municípios foram afetados, com o registro de 18 ocorrências relacionadas principalmente a alagamentos, enxurradas e danos estruturais. Até o momento, oito pessoas ficaram desalojadas, nenhuma desabrigada, e 115 residências sofreram algum tipo de impacto.
Quatro cidades já decretaram situação de emergência: Laguna, Barra Velha, Treze Tílias e Timbó Grande. Além disso, outros quatro municípios da Grande Florianópolis — São José, Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça e a Capital — avaliam a adoção da mesma medida diante da gravidade do cenário.
Os dados do monitoramento apontam volumes de chuva expressivos. Florianópolis lidera o ranking estadual, com 188,5 milímetros acumulados em apenas 24 horas, número superior à média histórica prevista para todo o mês de dezembro, que era de 136 milímetros. Três dos cinco municípios com maior precipitação estão na Grande Florianópolis.
Além da Capital, foram registrados danos em cidades como Blumenau, Indaial, Gaspar, Timbó, Navegantes e outras regiões do estado. Em um dos episódios, houve ocorrência de vendaval, agravando os prejuízos.
A Defesa Civil mantém alerta vermelho para temporais, especialmente na Grande Florianópolis. Segundo o órgão, a atuação de um sistema de baixa pressão próximo à costa deve intensificar as instabilidades, com possibilidade de chuva forte, rajadas de vento, descargas elétricas e queda de granizo.
No Alto Vale do Itajaí, Agrolândia registrou 141,8 milímetros em 24 horas, o segundo maior volume do estado. A força da água provocou danos em estradas e pontes, afetando diversos pontos do município. Já Palhoça e São José, ambas na Grande Florianópolis, acumularam 132 milímetros cada, com registros de alagamentos e bloqueios pontuais, inclusive no acesso a uma unidade de saúde.
No Oeste catarinense, municípios como Faxinal dos Guedes e Xanxerê também contabilizaram prejuízos, mesmo sem figurarem entre os maiores volumes de chuva.
As autoridades seguem monitorando a situação e orientam a população a acompanhar os avisos oficiais, evitando áreas de risco enquanto persistirem as condições climáticas adversas.
