No pedido, a chapa do petista pede que seja apurado um abuso de poder econômico. Motivo seria a colocação de outdoors pelo Brasil
Nesta quarta-feira (17), a coligação do candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, entrou, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com uma ação contra a chapa do candidato do PSL, Jair Bolsonaro. No pedido, a chapa do petista pede que seja apurado um abuso de poder econômico na colocação de outdoors “de forma ilegal pelo Brasil inteiro”. As informações foram dadas pela Agência Reuters.
Na ação, a coligação aponta dados da Procuradoria-Geral Eleitoral que concluíram que “há outdoors com padrões e mensagens semelhantes em pelo menos 33 municípios, distribuídos em 13 Estados, comprometendo de forma clara o próprio processo eleitoral”.
Para a chapa de Haddad, as peças publicitárias são “uniformes”, o que “revelam a existência de uma ação orquestrada, a escapar da singela manifestação de apoiadores desavisados”.
Consideram ainda que a “ausência nas peças de identificação do CNPJ e da tiragem indicam que os custos para sua produção e locação de espaço publicitário não estarão nas prestações de contas eleitorais de qualquer candidato ou partido, a violar a transparência necessária das contas eleitorais, uma vez que injetam recursos de origem desconhecida na disputa eleitoral”.
Por fim, a coligação aponta que há um claro “abuso de poder econômico na medida que a campanha do candidato representado ganha reforço financeiro que não está compatibilizado nos gastos da campanha, todavia os resultados da propaganda serão por ele usufruídos”.
Ao veículo, a advogada Karina Kufa, da coligação de Jair Bolsonaro, afirmou que a ação “não possui qualquer fundamento” jurídico.