Uma operação policial resultou na prisão de 12 pessoas e no cumprimento de 66 mandados judiciais contra suspeitos envolvidos no chamado golpe do falso advogado. O esquema contava com criminosos de diferentes estados que utilizavam nomes de advogados catarinenses e informações de processos judiciais para enganar vítimas e exigir depósitos fraudulentos.
Foram expedidos 27 mandados de busca e apreensão, 12 mandados de prisão e outras medidas cautelares pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Joinville. A ação teve o apoio das Polícias Civis de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte, além do Núcleo de Inteligência do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Como funcionava o golpe
Também conhecido como golpe do falso precatório, o crime consistia no acesso irregular a processos judiciais. Com os dados em mãos, os suspeitos contatavam as vítimas se passando por seus advogados e, utilizando documentos falsificados, exigiam depósitos de supostas custas processuais, prometendo a liberação de valores em seguida.
Inicialmente praticado por pequenos grupos no Ceará, o esquema evoluiu e se tornou mais sofisticado, com invasões a sistemas de tribunais e uso de credenciais comprometidas de advogados e servidores da Justiça. Segundo a investigação, essas ações abalaram a confiança da sociedade no sistema judiciário e prejudicaram o trabalho de profissionais legalmente inscritos na OAB.
O que é o golpe do falso advogado
O golpe ocorre quando criminosos se passam por advogados para enganar pessoas e exigir pagamentos inexistentes, usando fotos, dados de profissionais reais e documentos falsos que simulam registros do Judiciário.
Para se proteger, a OAB orienta sempre verificar a autenticidade das cobranças, desconfiar de contatos suspeitos e, caso advogados tenham suas imagens usadas indevidamente, registrar ocorrência policial e informar a entidade, que atua em parceria com a Polícia Civil no combate às fraudes.