Um vídeo produzido pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), no qual o governo federal é acusado de querer taxar transações via Pix, viralizou nesta terça-feira (14).
Por causa do sucesso da publicação e da repercussão do vídeo, o nome do deputado aparece entre os dez assuntos mais comentados no X (antigo Twitter) e entre os 25 temas mais pesquisados no Google Trends nesta noite.
Assista:
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Entenda a situação do Pix no Brasil:
Na gravação, Nikolas sugere que as mudanças no monitoramento de transações eletrônicas pela Receita Federal teriam o objetivo de cobrar Imposto de Renda (IR) de quem movimenta valores que não tenham a origem comprovada. O governo federal nega qualquer relação do controle da Receita com a cobrança de IR.
Vídeo de Nikolas Ferreira
Embora chegue a dizer que o Pix não será taxado, o deputado federal dá a entender em toda a narrativa que a medida estaria nos planos do governo federal. “Não, o pix não será taxado, mas não duvido que possa ser.”
Na gravação, Nikolas está de camiseta preta em um fundo preto. Uma música de suspense é tocada ao fundo, sugerindo a sensação de apreensão e medo.
Nikolas também sugere que o governo federal estaria mais interessado no monitoramento financeiro do que com o bem-estar da população.
“O governo quer saber como você ganha R$ 5 mil e paga R$ 10 mil de cartão, mas não quer saber como uma pessoa que ganha um salário mínimo faz para sobreviver pagando luz, moradia, educação, compra do mês e gastos”, critica.
Governo sob ataque
A viralização acontece no mesmo momento em que o governo federal tenta melhorar a comunicação, sobretudo a digital. O ministro das Comunicações foi trocado. Paulo Pimenta deu lugar ao publicitário Sidônio Palmeira.
“A mentira nos ambientes digitais, fomentada pela extrema-direita, cria uma cortina de fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade”, afirmou Sidônio nesta terça, durante a cerimônia de posse oficial dele.
O novo ministro destacou que a presença digital do governo precisa de aprimoramento e também enfatizou que não é possível haver cobrança de imposto em transações via Pix. “Não existe, pela Constituição, imposto sobre movimentação financeira.”