O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 82 anos, foi diagnosticado com uma forma agressiva de câncer de próstata, com metástase nos ossos. A informação foi confirmada neste domingo (18) por seu gabinete, que também informou que a doença apresenta sensibilidade hormonal, o que pode permitir um tratamento eficaz.
 

De acordo com os médicos, o câncer foi identificado após Biden relatar sintomas urinários e um pequeno nódulo. O diagnóstico foi confirmado na última sexta-feira, e o tumor foi classificado como grau 9 no escore de Gleason — um dos níveis mais altos, indicativo de grande agressividade.
 

Apesar da gravidade, a equipe médica destaca que o tumor responde a hormônios, o que abre caminho para terapias mais direcionadas. Biden e sua família estão avaliando as opções de tratamento.

Histórico médico e questionamentos públicos

Durante seu mandato, Biden enfrentou recorrentes dúvidas sobre sua saúde e idade avançada. Em 2024, após um desempenho considerado fraco em debate com Donald Trump, intensificaram-se os questionamentos sobre sua condição física e mental. Pouco depois, ele revelou estar gripado e relatou cansaço.

Na avaliação médica anual, em setembro do mesmo ano, a equipe da Casa Branca apontou que não havia indícios de comprometimento neurológico, mas Biden apresentava sinais de neuropatia periférica nos pés, quadro que pode causar dormência.

Ao longo dos últimos anos, o ex-presidente teve outros episódios de saúde, como a retirada de um pólipo potencialmente pré-canceroso do cólon, em 2021, e o tratamento de um carcinoma de pele em 2023.
 

Luta pessoal e política contra o câncer
 

A luta contra o câncer já era uma bandeira pessoal de Biden. Em seu governo, ele lançou uma missão nacional com a meta de reduzir pela metade a mortalidade por câncer em 25 anos — uma proposta motivada pela perda de seu filho Beau, vítima da doença.

Saída da corrida presidencial
 

Em julho de 2024, Biden anunciou que não concorreria à reeleição. Em comunicado, afirmou que, apesar de desejar continuar, considerava mais responsável focar no término do mandato e abrir espaço para novas lideranças. Ele declarou apoio à então vice-presidente Kamala Harris, que acabou derrotada nas eleições por Donald Trump.

A decisão veio após pressões do Partido Democrata e eleitores, especialmente após o desempenho contestado no debate com Trump. O republicano chegou a dizer que Biden "nunca esteve apto" para o cargo.