A autópsia realizada no Hospital Bali Mandara, na Indonésia, revelou que Juliana Marins, de 26 anos, morreu cerca de 20 minutos após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani. O laudo apontou que a causa da morte foi uma hemorragia interna provocada por traumas no tórax e nas costas, além de fraturas em diversas partes do corpo, como ombro, coluna e coxa.
Segundo o especialista forense Ida Bagus Alit, os ferimentos graves causaram danos em órgãos internos e sangramento intenso, o que indica que Juliana não resistiu por muito tempo após a queda. “Não havia sinais de retração nos órgãos que sugerissem sangramento lento, o que demonstra que o óbito ocorreu logo após os ferimentos”, explicou.
A hipótese de hipotermia foi descartada pela equipe médica, já que não foram encontrados sinais como necrose ou lesões nas extremidades. Apesar de o horário exato da morte não ter sido confirmado, imagens de drones mostram que Juliana estava viva no sábado (21), data da queda.
Após quatro dias de buscas, o corpo foi localizado a mais de 600 metros de profundidade na terça-feira (24) e resgatado no dia seguinte, em uma operação que durou cerca de sete horas. A família de Juliana criticou o que considerou atraso no resgate e afirmou que irá buscar justiça pelo caso.
O corpo da jovem será repatriado para o Brasil, onde o velório ocorrerá em Niterói (RJ), sua cidade natal. A legislação brasileira não permite o custeio do traslado com recursos públicos, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que editará um novo decreto para viabilizar o pagamento do transporte do corpo. “Vamos cuidar de todos os brasileiros, onde quer que estejam”, afirmou Lula, que conversou com o pai de Juliana sobre a decisão.
Juliana realizava uma trilha no segundo dia de caminhada quando caiu e escorregou cerca de 300 metros do ponto onde estava o grupo. As condições climáticas dificultaram as buscas, que envolveram equipes locais e autoridades brasileiras até a localização da jovem. A morte de Juliana gerou grande comoção, com milhares de pessoas acompanhando o caso nas redes sociais e manifestações de apoio à família.