Um levantamento da Secretaria de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) traçou o perfil da população carcerária de Santa Catarina, que atualmente soma 28.858 detentos. O resultado aponta que a maioria é composta por homens brancos, solteiros, católicos, com menos de 30 anos e baixa escolaridade.
A predominância masculina é marcante: 94,5% dos presos são homens e apenas 5,5% mulheres. Entre os crimes mais comuns que levaram às condenações estão tráfico de drogas, roubo, furto, homicídio e estupro, que somam mais de 14 mil casos.
No recorte racial, brancos representam 58,9% dos presos, seguidos por pardos (30,6%), pretos (8,4%), amarelos (1,5%) e indígenas (0,6%). Em relação ao estado civil, 57,6% são solteiros, 24% vivem em união estável e 12,1% são casados. A religião mais citada é o catolicismo (46,2%), seguida por evangélicos (23%) e por aqueles que não declararam religião (19,1%).
Mesmo sendo o 10º estado mais populoso do país, Santa Catarina ocupa a 7ª posição no ranking nacional de população carcerária. Para o desembargador Roberto Lucas Pacheco, do Tribunal de Justiça, é necessário investir em educação, ampliar oportunidades e fortalecer ações de reintegração social para reduzir o encarceramento e enfrentar as causas que levam à criminalidade.