COLUNA POLITICANDO
PRA QUE CONGRESSO
Tanto na Câmara como no Senado e no STF, a panela de pressão está a todo vapor. Todos pensando como sair dessa situação indesejável. Quem sofre com esse perde-perde é a população. Tantos assuntos de importância para o bem do Brasil, e o Congresso fica apenas na anistia e no impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Entendo que o parlamento pode mais, muito mais, como colocar na pauta esses dois temas e deixar pra ver o que vai acontecer. A escolha do eleitor estaria sendo representada pelos congressistas. Pelo que se percebe por enquanto, repito: é perde-perde, quem sofre é a população, e o Congresso continua engessado.
CASO PERDIDO
No caso específico do Senado, a oposição conseguiu 41 assinaturas apenas para a abertura do processo de impeachment do ministro Moraes e, para obter a vitória, precisará de 54 votos. Se para chegar a 41 levou quase três meses, então para conseguir 54 para o possível impeachment seria quase impossível. Mas não! Eles adoram o confronto. Há 81 senadores no Brasil. O presidente Alcolumbre disse que, mesmo que cada um deles peça o impeachment de Moraes, ele o bloqueará de qualquer maneira. Na verdade, dá pra perceber que tanto Alcolumbre quanto Hugo Mota deveriam “pagar pra ver”. Só que essa conta eles não querem pagar. Ponto final.
LI E GOSTEI
"Não há mais nenhum sinal de diplomacia entre o governador de Santa Catarina Jorginho Mello e o presidente da República Lula. Agora, eles já declaram abertamente o que pensam um do outro. Foi durante um discurso no Acre que Lula fez menção a Jorginho Mello (PL), pela primeira vez, referindo-se a ele como inimigo. Já Jorginho, há tempo, não tem mais nenhum problema em escancarar nas redes sociais sua opinião sobre Lula e cobrá-lo em nome do Estado. É oficial: este distanciamento entre ambos — cada qual sofre as suas consequências, e mais uma vez a corda vai arrebentar no lado mais fraco.
É PRA NÃO ESQUECER
O projeto de 5 milhões para a abertura da barra de Laguna e, consequentemente, a redragagem da lagoa perto do porto, foi assinado há dois anos aqui na ACIT. Verba de emendas dos deputados do Sul, que não saiu ainda do papel. Lá se vão dois anos e nada. Isso só para fazer o projeto na entrada da barra, que aliás vai beneficiar o governo do Estado, caso a obra se realize. Dizem que, para amenizar o atraso, a UFSC está trabalhando em cima. Dois anos para fazer um projeto é demais! Então, imagina o projeto da redragagem, que está em fase de readequação: nem sabemos onde parou. Se uma obra de cinco milhões só para o projeto leva quase três anos ou mais sem uma data definitiva para entrega, a redragagem vai levar uma vida toda! E o discurso continua.
O SUL TEM PRESSA
Audiência pública com a CCR via Costeira na última terça-feira, para tratar do assunto Morro dos Cavalos. Pasmem! Nenhum deputado estadual do Sul, com exceção do deputado Motta, que é de Florianópolis, esteve presente. Nem Volnei Weber, nem Pepê Collaço. Da mesma forma, apenas um deputado federal representando os demais deputados esteve presente. Daí se vê a importância do discurso com a prática bem longe da realidade.
AS CHAMAS ACESAS
Quando houve o fatídico acidente este ano no Morro dos Cavalos, que felizmente não ceifou a vida de ninguém, apenas perda material de grande monta, os deputados, tanto federais quanto estaduais, foram os primeiros a procurar a imprensa para acharem culpados e resolverem o problema. Parecia que um milagre estaria prestes a acontecer. Mas tudo foi em vão, e eles hoje parecem não estar nem aí, salvo raras exceções.
A BANDEIRA DO SENADOR AMIN
Senador Esperidião Amin (Progressistas), a única exceção, o que mais luta pela solução desta obra, estava acompanhado dos deputados federais Pedro Uczai (PT), Rafael Pezenti (MDB), Coronel Armando (Progressistas) e Geovania de Sá (PSDB), numa reunião com o presidente do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo Filho. Ficou definido nesta reunião importantíssima, mais do que na audiência pública, que deputados estaduais, federais, senadores e federações terão que concordar que a melhor opção para a realização das obras que visam solucionar o problema do Morro dos Cavalos é delegá-las à CCR. O TCU se comprometeu a cobrar, até o próximo dia 24, uma solução definitiva. No momento, é isso que temos.
AUDIÊNCIA ESVAZIADA
A audiência pública ficou esvaziada de autoridades, mas ficou lotada de prefeitos, vereadores e representantes das empresas. Diante disso, a audiência não focou muito no Morro dos Cavalos e mirou nas reivindicações e ansiedades de cada prefeito que passa pela rodovia federal BR-101. Foi o caso do prefeito Soratto, que não perdeu tempo e aproveitou seu espaço para falar sobre os dois viadutos que a cidade tanto precisa. Então, não foi em vão a audiência pública, já que as reivindicações foram feitas publicamente. Se vão ser atendidas, nem mãe Ricardina sabe.
VAMOS AS CONTAS
Se a direita continuar a lançar candidatos ao Senado nas próximas eleições e não definir quem será o escolhido, a esquerda, no frigir dos ovos, poderá eleger um. A direita já anunciou quatro nomes até agora para concorrer ao Senado: Carolina De Toni e Carlos Bolsonaro pelo PL; Julia Zanatta correndo por fora; Esperidião Amin vai para reeleição pelo PP; Gilson Marques pelo NOVO. O difícil é acomodar todos esses com os votos da direita. Enquanto isso, a esquerda tem a intenção de lançar apenas um candidato, que seria Décio Lima. A matemática é simples: com essa divisão, a esquerda tem lá os seus 20% dos votos, e poderemos ter surpresa nas urnas. Já vimos esse filme para governador em 2022. Apenas para ficar registrado.
ADIOS PROGRESSISTA
Já não é mais novidade para ninguém que o prefeito de Grão Pará, Helinho, e o prefeito de Pedras Grandes, Agnaldo, já estão de mala e cuia migrando para o partido do governador, o PL. Por mais que neguem tal movimento, este colunista teve acesso à conversa de uma liderança forte garantindo que as portas do PL já se abriram para os dois, com indicativo de que um deles pode vir como candidato a deputado estadual pelo novo partido, complicando ainda mais o meio de campo do partido liberal para estadual. É fato.