Basta as temperaturas diminuírem nos dias típicos de inverno, que as doenças respiratórias começam a aparecer. Nariz escorrendo, tosse, problemas ao respirar e irritações na garganta são alguns sintomas comuns neste período. Além disso, com o frio, casacos, cachecóis, cobertores, mantas, luvas e acolchoados que estavam parados nos armários, são retirados para o uso e com eles vêm os ácaros, vírus, fungos e bactérias, que causam doenças nesta época. Entre elas, a asma.
“Estima-se que a asma afete de 4 a 10% da população mundial e é uma das principais causas de internações de crianças de até 6 anos. No Brasil, em média,3 pessoas morrem por dia, por asma. Doença que precisa ser corretamente tratada”, alerta o alergista da Clínica Pró-Vida, em Tubarão, Dr. Gil Bardini.
Conforme o médico, as temperaturas baixam pioram os sintomas do portador da asma, que é uma doença alérgica que se caracteriza por inflamações crônicas das vias aéreas, que pode ser causada também por fatores genéticos.
“Vários fatores podem contribuir para episódios de asma. Entre os mais comuns são o contato com agentes alergênicos como poeira, ácaros, pelos de animais, pólen, entre outros. As crises podem também ocorrer quando a pessoa está gripada, inalação de fumaça de cigarro, poluição do ar, uso de aerossóis, variações bruscas na temperatura e também com reações a determinados medicamentos ou distúrbios de origem emocional”, descreve o alergista.
O Dr. Gil destaca que tosse, chiado, dor ou pressão no peito, fadiga, sensação de falta de ar, secreções ou muco são alguns dos sintomas de asma.
Tratamento
Engana-se que o tratamento para asma ainda segue os mesmos padrões de décadas passadas. Nos últimos anos começaram a surgir imunobiológicos para o tratamento da asma, medicamentos de alto custo que envolvem investimentos em pesquisa e tecnologia, que são utilizados quando o paciente não melhora com terapia inalatória tradicional. Os chamados anticorpos monoclonais, classe de medicamentos que agem diretamente na causa da doença, que podem ser indicados em situações mais graves: omalizumabe, benralizumabe, mepolizumabe e o dupilumabe.