Organizadores preveem redução de apenas R$ 120 mi em Olimpíadas estimada em mais de R$83 bilhões por conta do adiamento; ideias de simplificar cerimônias e revezamento são descartadas.
As Olimpíadas de Tóquio serão as mais caras da história, principalmente pela dinheiro que está sendo gasto no adiamento do evento devido à pandemia do novo coronavírus. O orçamento estimado está em R$ 83 bilhões. Após uma série de estudos para tentar reduzir o gasto com o evento, os organizadores vão conseguir diminuir o montante em apenas 1,5% (cerca de R$ 120 milhões), segundo o jornal japonês Mainichi.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio em junho fechou um acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para simplificar o evento e deixá-lo um pouco mais barato. Dos 200 itens selecionados para deixar os Jogos mais baratos, apenas 60 ainda estão em discussão. Os outros 140 mantiveram o montante de dinheiro.
Segundo o jornal, as cerimônias de abertura e encerramento, bem como o revezamento da tocha, estavam entre os assuntos a serem analisados, mas o COI expressou relutância em encurtar as festas. O plano de transportar a tocha olímpica pelo Japão em um período de 121 dias também foi mantido.O comitê organizador e o COI devem se reunir com outras partes envolvidas nos dias 24 e 25 de setembro para discutir os cortes.
- Ainda não temos números específicos, mas dificilmente há algo que possa ser reduzido. (A quantidade que pode ser cortada) ficará em torno de 1 ou 2% do custo total - disse uma das fontes do jornal.
Segundo um estudo da Universidade de Oxford, os japoneses tinham divulgado um orçamento de US$ 7,3 bilhões (pouco mais de R$ 40,2 bilhões na cotação de hoje) quando Tóquio foi eleita cidade-sede, em 2013. Com o adiamento das Olimpíadas para 2021, esse custo já está em US$ 15,84 bilhões (pouco mais de R$ 83,8 bilhões). O valor é superior aos US$ 14,95 bilhões (R$ 79,1 bilhões) gastos nos Jogos de Londres 2012, até então os mais caros da história.
Texto por Globo Esporte