Geral
03/12/2018 22h50
No país: Menino de 2 anos ganha uniforme para recepcionar "amigos" garis
A mãe conta que as terças, quintas e sábados (dias de coleta) são especiais para Caio desde o primeiro ano de vida, quando o barulho do motor do caminhão já chamava sua atenção e "os amigos", como ele chama os coletores de lixo, o recepcionavam na varanda de casa.
É só ouvir o barulho do caminhão de lixo no começo da rua, que Caio Henrique Gonçalves, de 2 anos, veste seu uniforme laranja e corre para o portão de casa para encontrar com Charles, Thiago, Everton e Mauro, os garis da sua rua, no bairro Nossa Senhora da Glória, zona noroeste de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Sua mãe, Raquel Silva, de 31 anos, conta que as terças, quintas e sábados (dias de coleta) são especiais para Caio desde o primeiro ano de vida, quando o barulho do motor do caminhão já chamava sua atenção e "os amigos", como ele chama os coletores de lixo, já o recepcionavam na varanda de casa.
"Quando eles passam, eu sempre estou trabalhando ou fazendo alguma coisa, e eu tenho que parar tudo porque o Caio escuta o caminhão primeiro que eu e tenho que levá-lo na varanda. Eles chegam já buzinando, chamam ele de 'amigão'', conta a mãe.
Mas agora Caio se veste a caráter para receber os garis. Ele ganhou seu próprio uniforme de coletor. Depois de ver uma reportagem na televisão em que um menino também recepcionava os coletores de lixo, mas com um uniforme, Caio começou a chorar e pedir a camisa, calça e o par de luvas iguais aos dos seus amigos.
"Liguei para a minha mãe e ela fez a roupa. Quando o uniforme chegou, Caio vestiu e não queria mais tirar".
Para Raquel, seu filho valorizar uma profissão que é tantas vezes desdenhada no Brasil é motivo de orgulho.
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