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08/05/2019 13h45

Cortes nas universidades federais podem ser revistos, diz ministro

Em depoimento no Senado, titular da pasta afirma que verbas das universidades podem ser desbloqueadas se a economia voltar a crescer, permitindo o aumento da arrecadação de impostos. Mas diz que as instituições de ensino não podem ser tratadas como 'torres de marfim'.
Cortes nas universidades federais podem ser revistos, diz ministro
Após determinar um bloqueio de cerca de 30% do orçamento de todas as universidades federais do país, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, procurou minimizar os efeitos da medida e afirmou que os recursos poderão ser repostos caso a economia volte a crescer. De acordo com o ministro, não se pode falar em corte de verbas para as universidades. “Não houve corte, e não há corte. Há um contingenciamento”, explicou, em audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), no Senado. Weintraub afirmou que a aprovação da reforma da Previdência pode ajudar em uma futura reversão da decisão do MEC. “Se tiver a aprovação da nova Previdência, e eu acredito nisso, aí retoma a economia. Retomando a dinâmica, aumenta a arrecadação, a situação se normaliza e, aí, se descontingencia”, afirmou. “A Economia impôs o contingenciamento diante da arrecadação mais fraca, e nós obedecemos.” Apesar de acenar com a possibilidade de desbloqueio dos recursos, Weintraub chamou as universidades de “torres de marfim” e criticou as reações à redução de verbas. “Não dá para cortar em nada? É sacrossanto o orçamento? Nenhuma migalha que dê pra melhorar? A universidade federal, hoje, custa R$ 1 bilhão. Todo mundo no país está apertando o cinto”, disse o ministro. Ele se declarou aberto ao diálogo e disse que alguns reitores já manifestaram interesse em discutir o problema. “A minha proposta, diante do contingenciamento, é conversar”, afirmou. Em entrevista ao Correio, a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão Moura, definiu o corte de 30% do orçamento das universidades federais — que, em alguns casos, pode chegar a 40% — como “inadmissível” e “dramático”. De acordo com ela, desde 2017, a UnB faz esforços para reduzir o orçamento. “Durante dois anos, fizemos vários ajustes. Assumimos a reitoria com as contas da universidade descontroladas e conseguimos estabilizá-las no fim no ano passado. Não temos como pedir mais sacrifícios para nossa comunidade”, afirmou, ao comentar as declarações de Weintraub. Para o ex-reitor da UnB Ivan Camargo, a notícia de que se trataria inicialmente de um contingenciamento é positiva em comparação à proposta de corte. “O ministro deu a entender que não é algo definitivo, e isso parece uma boa notícia. Mas colocou pressão no Congresso, do tipo: se não passar a Previdência, não teremos dinheiro, e o caos será instalado. Ele mudou o verbo, falou em segurar os recursos. Se for isso, é um pouco melhor, é temporário. Não se pode inviabilizar um serviço público tão importante quanto a educação. Não tem porque ser inimigo declarado da universidade”, afirmou. Fonte: CB
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