A população de botos residente no complexo lagunar Santo Antônio dos Anjos-Imaruí-Mirim, estimada entre 52 a 60 indivíduos, protagoniza um tipo de relação ecológica rara ao cooperar na pesca da tainha. Ao identificar os cardumes, os botos mandam sinais aos pescadores por meio do mergulho ou batendo a cabeça, indicando a presença dos peixes. E então é só jogar a tarrafa.
Para proteger a espécie e a parceria, o IMA, Polícia Militar Ambiental e outras entidades reuniram-se na última quinta-feira, 25, em Laguna, para elaborar o Plano de Ação que tem por finalidade evitar as mortes dos animais e envolver a comunidade para a conservação da espécie, além de promover estudos e pesquisas.
Entre as ações definidas no Plano destacam-se:
- fortalecimento da fiscalização e integração dos órgãos;
- envolvimento da comunidade local na conservação dos botos-pescadores por meio de atividades educativas em escolas no município;
- monitoramento e avaliação da causa morte dos botos;
- avaliação da prevalência de doenças de pele na população;
- garantia da manutenção do monitoramento da população em longo prazo, entre outras.
Entre as instituições parceiras estão Udesc, Polícia Militar Ambiental, Ibama, APA da Baleia Franca, Fundação Lagunense de Meio Ambiente, Ministério Público Federal, Universidade Federal de Santa Catarina, Instituto Australis, Instituto Boto Flipper, Colônia de Pescadores e Acapra. O boto-pescador foi declarado Patrimônio Natural do Município de Laguna em 1997, por meio da Lei nº 521/1997.
Colaboração: Assessoria de Imprensa IMA