“O governo estadual precisa considerar fortemente a possibilidade de adotar novas medidas de distanciamento, mas engajar a população para que as pessoas compreendam a importância de ficar em casa para controlar o aumento do número de óbitos, casos, e não pressionar o sistema de saúde”, afirma o especialista em saúde pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Fabrício Menegon.
Santa Catarina foi um dos primeiros estados a adotar restrições, com decreto de situação de emergência e suspensão das aulas, transporte coletivo, comércio e outros serviços não essenciais em 19 de março.
Depois, semanalmente eram anunciadas alguma flexibilização, até que em 1º de junho o Governo de Santa Catarina anunciou um plano regionalizado das ações, passando para as prefeituras a responsabilidade de decidir pelas restrições de combate ao coronavírus.
Ainda em junho, o transporte coletivo voltou a circular em todas as cidades. No dia 12 daquele mês eram pouco mais de 13 mil casos e o número de mortes subiu de 191 para 497, um aumento de 160%.
Mas há algumas unidades públicas de saúde no Sul do estado, Norte, Litoral Norte e na Grande Florianópolis que têm enfrentado constantes superlotações de leitos, como na capital, que está com mais de 90% de ocupação e a prefeitura busca apoio para abertura de novos leitos.
Foto: Diorgenes Pandini/NSC.