A equipe liderada pelos médicos Filipe Pimont Berndt e Gustavo Schweigert precisou recuperar duas artérias, cinco veias, 24 tendões, três nervos, além dos ossos. A última vez que uma operação dessa ocorreu (ao nível de punho) foi no ano passado. Depois, apenas em 2017, 2014 e 2011 há registros semelhantes.
— Um reimplante deste tipo é considerado raro, pois são diversos fatores que levam a ter uma possibilidade de reimplante bem-sucedido — comenta Berndt.
O conhecimento da vítima no momento da ocorrência contribuiu para que tudo desse certo. O homem relatou que sabia como proceder em caso de amputação, baseando em séries que já assistiu. Contou que não entrou em desespero e colocou a própria mão em uma sacola, que depois foi para um recipiente com gelo. E é exatamente isto que deve ser feito.
— Se você testemunhar esse tipo de acidente em que uma pessoa sofre a amputação de um membro, o primeiro passo é tentar acalmar a vítima. Depois pegue o membro amputado e enrole em um pano úmido, de preferência com soro fisiológico, e coloque dentro de um saco plástico, após esse procedimento, colocar em um recipiente (isopor ou caixa térmica) com gelo. Importante ressaltar que não se deve deixar o membro em contato direto com o gelo, pois caso isso ocorra, poderá haver queimadura térmica, ocasionando a impossibilidade de reimplante — explica Berndt.
Tentativa de homicídio
A cirurgia aconteceu no último dia 16. O homem estava no bairro Itoupava Central quando foi ferido com golpes de facão e teve a mão amputada. O autor do crime se apresentou à Polícia Civil dias depois e relatou que agiu em um momento de raiva, por ciúmes da esposa.
Ele tem 30 anos, é morador do mesmo bairro e não possui passagens policias anteriores. O suspeito deve responder ao processo em liberdade.
Fonte: NSC.